O PODER DO RÁDIO

By Paloma Viricio - abril 24, 2010


Por Paloma Viricio

Apesar da TV ter algumas vantagens a mais do que o rádio, como a comprovação do fato narrado através de imagem em movimento, por exemplo, este sempre será um meio de comunicação que simplesmente fascina o receptor, tal como o livro, tem o poder de mexer com a imaginação do ouvinte.

Bachelard e o rádio: o direito de sonhar

É exatamente isso que transcreve Haussen no texto Bachelard e o rádio: o direito de sonhar. A autora mostra que segundo os conceitos de Bachelard, que o veículo para ser original deve tocar no subconsciente dos seus ouvintes, além de preencher a sensação de vazio do homem.


Orson Welles e  A Guerra dos Mundos

Fato comprovado também pela famosa transmissão feita por Orson Welles (1938), através da rádio CBS no Radioteatro Mercury. Welles provocou pânico e tumulto ao adaptar a história do livro A Guerra dos Mundos, para o rádio nas vésperas do Dia das bruxas.


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Segundo Gisela Swetlana Ortriwano, a história teve credibilidade devido à emotividade passada aos ouvintes naquela noite, justamente mexendo com a mente destes e fazendo com que pensassem ser um fato verídico, sendo que não funcionaria da mesma forma na TV.

Em outro trecho do mesmo texto de Haussen, que cita conceitos sobre mídia, Babin, menciona que as grandes experiências humanas universais são reproduzidas nas dramatizações, como nas radionovelas, enfatizando assim que a mídia causa um efeito psíquico sensorial e que todos que a compartilhassem estariam fazendo parte de um inconsciente coletivo. Com isso, notamos que o rádio além de encantar as pessoas também acaba unindo-as através de uma paixão em comum.



Obs.: Todos os textos produzidos neste blog são da minha autoria e estão registrados. Se utilizá-los, por favor lembre-se dos créditos.

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