Resenha-O Nome da Rosa- Umberto Eco

By Paloma Viricio - janeiro 01, 2012


Olá amores! Venho trazendo para vocês a resenha do filme O Nome da Rosa. Quem curte Idade Média e história da Inquisição vai gostar.Assisti ele porque uma professora da faculdade me pediu. Gostei porque contém mistérios e gosto disso, mas não considero um dos melhores filmes. Beijos!

Ficha Técnica


título original:Der Name Der Rose
gênero:Ficção
duração:2 hr 10 min
ano de lançamento: 1986
distribuidora: 20th Century Fox Film Corporation
direção: Jean-Jacques Annaud
roteiro: Andrew Birkin, Gérard Brach, Howard Franklin e Alain Godard, baseado em livro de Humberto Eco

NOTA: 7,5

Os espinhos ferem, mas não matam como o Nome da Rosa

 Por Paloma Viricio
A trama acontece no Mosteiro Benedito, durante o século XIV, em uma região onde a Igreja católica reinava com poder absoluto. Nesse local havia uma biblioteca onde o acesso era restrito e apenas alguns monges podiam realizar consultas. O acervo de livros possuía grande quantidade de informação por isso a restrição em torno do mesmo, pois se a maioria das pessoas tivesse contato com as escrituras conheceriam uma realidade que seria contrária aos princípios da Igreja e poderiam questionar as ordens desta. Os indivíduos apenas teriam acesso a leituras que fossem a favor do Clero e que falasse sobre a obediência ao mesmo e ao tipo de fé que este pregava.  Para a Igreja gestos comuns como o riso ou críticas eram proibidos, pois poderiam por em risco todo um “império” de conceitos e princípios que a mesma considerava como tradição. Naquela época a democracia era inexistente.

Entro então neste enredo e ressalto um pouco da história da inquisição, onde as pessoas viviam em estado de calamidade, miseravelmente infelizes. Era como se a Igreja fosse o senhor Feudal e toda a população que esta comandava fossem vassalos. O filme tenta de alguma forma através de uma história em partes fictícia, mostrar uma parcela do que realmente acontecia durante esse período de dominação da religião católica. Era alarmante a quantidade de pessoas ignaras que não tinham oportunidade de crescer intelectualmente instruir-se. O Clero era o único que podia prover-se de riqueza e muitas vezes se apossava do dinheiro de algumas pessoas afirmando que estas conseguiriam a salvação e em troca davam-lhes um pedaço de madeira que supostamente seria o pedaço da cruz de Jesus Cristo. Assim, pregavam que os indivíduos que “entregassem” seus bens para a entidade religiosa e passassem a possuir o tal pedaço de madeira estariam salvas. É realmente inacreditável e tenebroso saber que o Catolicismo fazia as pessoas pensarem que as riquezas delas pudessem comprar uma salvação espiritual, não muito diferente do que muitas religiões ainda fazem atualmente, mas isso é outra história. Aqueles que tentavam promover uma espécie de democratização sofriam, eram torturados, tratados como bruxos e mortos.

Durante a história começam uma série de assassinatos no Mosteiro Benedito onde os monges do mesmo eram encontrados com a língua e as pontas dos dedos roxas. As mortes acabam gerando grande polêmica e um monge de outro mosteiro é chamado para iniciar uma bateria de investigações. Até que finalmente descobrem o motivo dos assassinatos. Alguns livros tidos como proibidos, possuíam um tipo de veneno nas páginas onde a pessoas que efetuasse o simples ato de folheá-las e levar o dedo a boca, assinava a própria sentença de morte, fazendo com que a desencarnação fosse como uma punição pela desobediência das regras do local. Essas obras eram tidas como proibidas, pois contiam informações consideradas indignas dos pensamentos da religião vigente. Por fim, a biblioteca é incendiada e tenta-se mostrar com essa cena uma possível forma de libertação. O Filme o Nome da Rosa é inspirado no romance que contém o mesmo título e pertence ao auto Umberto Eco.



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