Sinto-me honrado por escrever sobre algo que acho tão lindo como cinema. O que é uma novidade para mim. O cinema tem um grande poder de nos emocionar, fazer pensar e mudar conceitos. E o filme que fez isso comigo, há algumas semanas atrás, foi “Um sonho Possível” (The blind side, 2009, diretor: John Lee Hancock). Baseado em fatos, o filme conta a historia de Michael Oher, um jovem negro, pobre, órfão de pai e abandonado pela sua mãe viciada em remédios que teve a vida transformada por uma família.
Com o esforço de um vizinho, Michael conseguiu vaga em uma escola católica e particular. Depois do primeiro dia de aula, ele não tinha para onde ir. Agora vem a pergunta: Se você encontrasse um jovem negro, enorme, na chuva, durante a noite você daria uma carona para ele? O casal Leigh Anne e Sean Tuohy fez mais do que isso. Eles mudaram para sempre a vida de “Big Mike”, apelido que o garoto não gostava, mas era conhecido por todos em seu bairro na periferia de Memphis (Tennessee) e na escola. Interpretada por Sandra Bullock, a socialite Leigh Anne o adotou como filho. O garoto de 16 anos que nunca teve uma cama para dormir, agora tinha um irmão para jogar videogame, uma irmã para ajudá-lo nas lições de casa, um carro e uma família.
( Michael Oher (centro) e sua família comemoram sua
ida para a Liga nacional de futebol americano)
Devido ao seu tamanho ele foi encorajado por sua mãe a jogar futebol americano. No inicio dos treinos não teve sucesso. Ele não tinha agressividade, segundo o treinador da escola. Mas não foram poucas as vezes que sua mãe invadia o treino com seu salto alto e bolsa Louis Vuiton para ajudar o treinador a posicionar melhor “Big Mike” no campo. Seu irmão mais novo também o ajudava com táticas. No seu teste de Q.I a nota mais alta foi em instinto de proteção. 98 pontos. Anne percebeu essa habilidade e soube trabalhar isso nele.
Ele jogava na posição de offensive tackle, tecla SAP, os caras grandalhões que ficam se empurrando para proteger o quarter back, tecla SAP, o cérebro do time, o cara que lança as bolas no futebol americano. Em seu primeiro jogo ele foi superado por um menino com metade do seu tamanho. Faltava confiança para o garoto traumatizado e castigado pela vida. Mas, seu extinto de proteção aflorou quando Leigh Anne disse: ”Michael imagine que os seus companheiros de time são seus pais e irmãos”. Ele empurrou o garoto até o outro lado do campo. O gigante descobriu a força que tinha.
Passado algum tempo, Michael ganhou bolsa de estudos na universidade do Mississipi, onde foi campeão universitário e eleito um dos jogadores do All american football (time dos melhores do campeonato). logo depois seu maior sonho foi realizado. Michael Oher, o menino que não tinha pai, nem esperança, nem um teto, foi escolhido pelo time do Baltimore Ravens, equipe da NFL (liga nacional de futebol americano), na primeira rodada do Draft de 2009. Pra quem não sabe, só os melhores são escolhidos na primeira rodada no Draft.
Moral da historia: Todos têm potencial, só precisam de uma oportunidade.
Confiram o Trailler do filme
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NOTA DA REDAÇÃO
Gostaram? Eu adorei o texto, as fotos...toda a escolha do Kelisson. Meu colega de profissão está de parabéns! Eu nunca tinha ouvido falar desse filme...mas ele soube descrever exatamente toda emoção que essa trama (baseada em fatos reais) passa quando conhecemos a história.Espero poder compartilhar com os leitores muitos outros textos como o seu! Parabéns!
Paloma Viricio
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