A ignorância ao alcance de todos +Sorteio Colunista Março
By Paloma Viricio - abril 06, 2012
Hoje irei postar um conto. Quando o li, achei super interessante e achei
que mais pessoas deviam lê-lo. Um conto de Stanislaw. Mesmo que não goste de conto, leia até o fim.
O
Já não me lembro qual o motivo do almoço. Lembro-me, isto sim, que íamos
caminhando, quando Alvinho disse, em voz alta:- Leônio Xanás!- O quê? ?
Perguntei,
e Alvinho explicou que Leônio Xanás era o Nome do pintor que estava pintando
seu apartamento. Até me mostrou um cartãozinho, escrito Leônio Xanás- Pinturas
em geral Peça Orçamento.
- Hoje
acordei com o nome dele na cabeça. Toda
hora digo Leônio Xanás-
Ainda
agorinha, ao entrar no lotação, disse alto Leônio Xanáse levei um susto, quando
o motorista respondeu: Passa perto?. Ele pensou que eu estava perguntando por
determinada rua e foi dizendo logo que passa perto, sem, ao menos, saber que
rua era .Foi aí que nos nasceu a vontade de experimentar a sinceridade do
próximo e nos nasceu a certeza de que ninguém gosta de confessar-se ignorante
mesmo em relação às coisas mais corriqueiras. Entramos numa farmácia para
comprar Alka- Seltzer ( pretendíamos tomar vinho no almoço) e Alvinho
experimentou de novo, perguntando ao farmacêutico:- Tem Leônio Xanás?- Estamos
em falta foi a resposta.
E assim foi a coisa. Ninguém foi capaz de dizer que não conhecia nenhum Leônio
Xanás ou que não sabia o que era Leônio Xanás. Nem mesmo a gerente de uma loja
de roupas, que, geralmente, são senhoras de comprovada gentileza. Entramos num
elegante magazine do centro da cidade para comprar um lenço de seda para
presente. Vimos vários, todos bacanérrimos, mas - para continuar a
pesquisa indagamos a vendedora:- Não tem
nenhum da marca Leônio Xanás? A mocinha pediu que esperássemos um momento, foi até
lá dentro e voltou com a prestativa senhora gerente. Esta sorriu E quis saber
qual era mesmo a marca:- Leônio Xanás
repeti, com esta impressionante cara-de-pau Que Deus me deu.
Madame voltou a sorrir e respondeu: - Tínhamos, sim, senhor. Mas acabou. Estamos
esperando nova remessa. Foi uma pena não ter. Compramos de outra marca qualquer
e fomos almoçar. Foi um almoço simpático com o velho amigo. Lembro-me que, na
hora do vinho, quando o garçom trouxe a carta, Alvinho deu uma olhadela e
disse, em tom resoluto:- Queremos uma garrafa de Leônio Xanás tinto. O garçom
fez uma mesura: - O senhor vai me perdoar, doutor. Mas eu não aconselho este
vinho. Devia ser uma questão de safra, daí a aconselhar outro:- O Ferreirinha
não serve? É, irmãos, mal de muitos consolo é, mas ignorante que existe às
pampas, ninguém quer ser.
De Stanislaw Ponte Preta
Essa postagem foi elaborada por:
Essa postagem foi elaborada por:
Contato
E-mail- anhymenires@hotmail.com
Nota da Redação
Bom, quero aproveitar esse cantinho da postagem para divulgar o sorteio dos colunistas no mês de março. Quem ganhou dessa vez foi a Ana.
Parabéns Ana! Vou enviar um e-mail ai você me passa seus dados para o envio do prêmio. Que é um livro/jogo A masmorra da morte + marcador sortido.
16 comments