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Resenha- Adormecer do Fogo- Ben Green

By Paloma Viricio - novembro 14, 2012

Olá leitores! Venho trazendo para vocês resenha do Livro  Adormecer do Fogo. Ele foi enviado pelo autor  Ben Green, parceiro do Jornalismo na Alma. Espero que gostem e se interessem pelo mesmo. Busquei colocar os principais pontos negativos e positivos que encontrei de forma objetiva. Quem quiser conferir entrevista com Ben Green basta clicar AQUI! 

FICHA TÉCNICA
Autor: Ben Green
Gênero: Romance, Ficção
ISBN: 9788564469952
Nº de páginas: 288
Dimensão: 14x21
Onde comprar? Livraria Cultura

NOTAS
Capa: 10
Conteúdo: 8,0
Diagramação: 10
Nota geral: 9,33


Luta em busca do sagrado fogo
Por Paloma Viricio

Visão Geral
Se sua existência dependesse basicamente de um único elemento: O fogo? E se a extinção desse elemento fosse a responsável pela perda de uma tribo inteira ou grande parte dela? Você seria capaz de arriscar a vida para resgatar essa vertente perdida? Adormecer do fogo é um romance/ficção do autor Ben Green, lançado pela Editora Dracaena e totaliza 288 páginas de muita ação.

A trama conta a estória da tribo pré-histórica Gha-laad. Eles possuem o Ghaad (uma recipiente que armazena uma chama de fogo) e zelam por ele há gerações, pois acreditam ser algo sagrado. E assim o fazem porque não possuem os conhecimentos necessários para a criação do mesmo. Tudo começa a mudar quando a tribo é atacada por um bando de outra espécie selvagem titulada de Aixians. Além de perderem membros da Gha-laad, eles sofrem com o adormecer da chama sagrada... Perdem o fogo. Quando tudo parece estar acabado, um grupo de indivíduos da tribo resolve sair em busca de uma nova chama e a aventura é ativada fazendo o leitor alimentar várias sensações: curiosidade, angústia, medo, emoção e até amor.

O livro é muito bom e indico porque a leitura é gostosa e puxa o receptor para o universo proposto pelo autor. Entretanto alguns quesitos chegam há serem um pouco incômodos. No início a leitura não é nada fácil de adaptar-se. Até o leitor situar-se no ambiente em que a trama é desenrolada demora mais do que o esperado.  Os nomes dos personagens são bastante complicados e demorei mais do que a metade do livro para identificar cada um quando era citado tornando a leitura um pouco cansativa inicialmente. Exemplos de nomes que posso citar são: Me-feu, Fi-aria, Ri-zir e Sa-tû, sendo esses últimos os meus personagens favoritos. Porque a primeira é uma jovem escriba da tribo e bastante corajosa. O segundo é um caçador misterioso, que retém inúmeros conhecimentos sobre a terra e experiência maior, por ter sobrevivido longe da tribo por um tempo.

Fora esses pontos negativos, o livro é maravilhoso. Não encontrei erro de espécie alguma durante a leitura. Apaixonei-me pela forma de escrever de Ben Green, quando o assunto é descrição. Ele tem uma maneira única de colocar as ideias no papel e muitas vezes me senti inserida na trama literalmente. O final é bastante interessante e valeu os “contratempos” que enfrentei no início da leitura. Acredito que se não fossem os mesmos a obra seria perfeita. Uma boa reflexão que adquirimos com o livro é a do tempo em que o homem era mais bicho do que humano. Os instintos falavam mais alto e a ignorância predominava. No livro, Sa-tû já conhecia o sinônimo do riso, por exemplo, enquanto toda a tribo não fazia a menor ideia do que isso significava. Era tudo meio que na base do grito. E quando Sa-tû ria alto eles se assustavam... E confesso que era bem engraçado quando acontecia isso.

Trazendo esse conceito para dias atuais, podemos dizer que alguns conflitos gerados entre as pessoas ainda são incendiados pela ignorância de um ou outro que não respeita ou aceita as diferenças... Existe muito ser pré-histórico ainda no século XXI.
Não posso deixar de mencionar que o livro me lembrou demasiadamente um filme chamado A guerra do fogo (www), criado em 1981 e que contava uma história bem semelhante á ideia principal do mesmo. Conheci esse filme na faculdade e gostei bastante porque mostra que o fogo pode ser considerado um grande passo do homem na pré-história e até mesmo uma forma de comunicação como as sucessoras fala e escrita. 

Sobre o autor
Ben Green é, sem dúvida, um engenheiro apaixonado pelas artes. Eclético, suas predileções vão desde sua vasta coleção de óperas aos quadrinhos pouco conhecidos no Brasil. Apaixonou-se pela literatura fantástica muito cedo ao ler uma versão da história de Carlos Magno e logo em seguida, As Brumas de Avalon. Após conhecer O Senhor dos Anéis, interessou-se pelo afamado jogo de RPG (Role Playing Game) e despendeu inúmeras horas em longas, emocionantes e divertidas narrativas.
Os estudos intensos da engenharia interromperam aquele que poderia ter sido seu primeiro livro, onde já figuravam as belicosas e indestrutíveis Aixians e a apaixonante “Cabelos de Fogo”. Já na vida profissional, conheceu diversos lugares, países, culturas e situações inusitadas, como a que se encontrou de repente preso em uma nevasca na cidade de Zügspitze, o ponto mais alto da Alemanha.
A intensidade das sensações e a sua atenta visão sobre as nuances nas divergências culturais entre povos, motivaram-no a retirar a antiga obra da gaveta. Inspirado pela belíssima arquitetura de Mont Saint Michel, norte da França, onde se hospedou para escrever, transformou o manuscrito em caderno em uma belíssima e completa obra. Dez anos após o seu início, Ben Green estreia com uma obra amadurecida e impregnada do olhar crítico de um grande observador. Fonte: Site Oficial do autor.

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