Um dia um grande amigo meu me perguntou qual era o motivo pelo qual eu escrevia, tentei responder, tentei lhe dizer algo razoável, mas a verdade se quiser saber, é que fazemos o que fazemos por puro egoísmo. Escrevo porque me sinto bem fazendo isso, não penso em melhorar a vida de ninguém, assim como não penso em piorá-las. Pois todos nós somos egoístas, tentamos diferenciar o bem do mau, mas na verdade não existe bem e muito menos mal, a única coisa que existe é solidão.
Nascemos sozinhos, morremos sozinhos, vivemos porque fugimos da morte, e fugimos da morte pra continuarmos vivos, e tudo se torna redundante. Todo o meio da nossa vida, na maioria das vezes não tem importância, nos contentamos sabendo que algo de bom irá nos beneficiar, e por egoísmo, fazemos algo de bom para que algo seja feito para nós também. Então a vida é o mais puro e malicioso egoísmo, e nenhuma palavra irá explicar isso com perfeição.
Costumo julgar a vida como a mais singela solidão, as quais temos companhias, sim! É possível ter companhia numa noite tão fria quanto a sua própria imensidão. Vivemos bem, fazemos amigos, desfrutamos da calorosa presença dos familiares, crescemos (...) pois toda inocência deve ter fim, e depois nos tornamos mais solitários ainda, pois percebemos que não nos tornamos o que queríamos. E afinal, sabíamos o que queríamos ser?
Estamos todos desviando das injustiças, estamos desafiando a cobiça e tentando mudar. Estamos sozinhos numa estrada, e sobre as nossas cabeças um sol de futuros incertos tenta nos parar. Nos tornamos ignorantes, não respeitamos mais nossos deuses, que nos alertam a todo instante, pois nos tornamos solitários, mercenários em busca de dinheiro. E assim condenamos todos nós a vivermos a sós. Pois enfim, nunca vivemos, apenas criamos herdeiros.
Jadson L Ribeiro, 04/03/13
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