Olá amores! Venho trazendo para vocês resenha do Livro Destino Sombrio do autor Luis Dill. O livro foi enviado pela editora parceira do Jornalismo na Alma, Companhia das letras. Esse livro faz parte do selo Seguinte. Vamos conferir?
FICHA TÉCNICA
Páginas: 144
Formato: Brochura
Selo: Seguinte
Onde comprar? Companhia das Letras
NOTAS
Capa: 10
Conteúdo: 7,5
Diagramação: 100
Nota geral: 9,0
Não podemos fugir do destino
Por Paloma Viricio
Visão Geral
Em destino Sombrio, Gildo é um jovem de olhos azuis encantadores que esconde um grande segredo. Ele bem que tenta fugir da confusão que se enfiou, mas a consciência volta para atormentá-lo e ele teme enfrentar o destino que é uma grande incógnita. “Gildo sabe o quanto precisa se recompor, ir embora a despeito do tremor que o persegue. Ir embora até seu destino. A-té-seu-des-ti-no. As três palavras, as seis sílabas, seguem soando com notas agudas saídas de um piano de cauda. Repetem-se duras e também melancólicas”p. 131.
O livro é escrito em três tempos verbais, o que o faz uma grande obra que deve ter dado trabalho para que ficasse pronta. No presente Gildo enfrenta o dilema do grande mistério que esconde e durante uma viagem que faz, ele para em uma lanchonete e acaba conhecendo dois proprietários engraçados e a filha de um deles que faz com que Gildo deseje nunca ter tido o passado sombrio que guarda. “Tem mais um monte de coisa pra arrumar,mas quem é que quer arrumar as coisas nesse país? Enquanto o povo fica pastando,bem quietinho, sem fazer nada, os vivos vão metendo a mão, fazendo a festa. A hora que o povo acordar, Brasília vai virar uma grande churrasqueira” p.39. Essa é frase de um dos proprietários da lanchonete que é sarcástico e vive reclamando da vida como muitas pessoas que você deve conhecer por ai, não é verdade? Nessa parte que narra o presente o leitor se depara com um diálogo leve, popularesco, engraçado.
Na parte em que conhecemos o passado de Gildo, nos deparamos com um menino inicialmente inseguro, depois atormentado e um tanto enigmático porque as atitudes dele são inesperadas. Ele conhece uma mulher bem diferente. Ela é uma jovem, louca, que droga-se, transa quando quiser (e com quem quiser), não tem o mínimo de consideração por ninguém e é uma personagem fria que causa repulsa em diversas fases do livro.“Eles acham que tu é propriedade deles, gostam de te fiscalizar, tão sempre ligando, te mandando torpedo, e-mail,ah, mas o pior são os chatos que mandam flores, bombons e até bichinhos de pelúcia. Dá pra acreditar? Bichinho de pelúcia? Puxa vida, o cara deve viver em outro planeta” p.29.
No futuro Gildo prevê o que poderá colher no destino sombrio que ele plantou. Então nessa parte conhecemos o irmão, a cunhada e a sobrinha de Gildo que acabou de nascer e a reação quando os mesmos descobrem a atitude tenebrosa de Gildo.“Tal percepção o agride, faz odiá-los, depois ter por eles compaixão para, finalmente, contemplar a autoindulgência riscar-lhe a alma, fantasiar seu coração com as cores mais escuras e gélidas” p.134. Nas partes onde o autor narra o futuro, pode ser que o leitor fique um pouco confuso porque não sabe-se ao certo se esse destino chegou a acontecer ou foi apenas um delírio da mente de Gildo. O livro é muito bom, instigante, admirável e seria perfeito se não tivesse um final tão previsível.
Esses são dois pontos fortíssimos do livro, faz com que ele torne-se especial. A Editora Companhia das Letras está de parabéns pelo ótimo trabalho de confecção do livro e todas as ilustrações fazem com que o leitor não queira largar o mesmo de jeito ou maneira. Os espaçamentos são agradáveis, as folhas são brancas, outras pretas e algumas laranjas... o livro é pura arte. Perfeito.
Sobre o autor
Luís Dill nasceu em Porto Alegre no dia 04 de abril de 1965. Formou-se em Jornalismo pela PUC / RS. Como jornalista já atuou em assessoria de imprensa, em jornal, em rádio, em televisão e em Internet. Atualmente é Produtor Executivo da Rádio FM Cultura na capital gaúcha onde reside. Como escritor estreou em 1990 com a novela policial juvenil “A Caverna dos Diamantes”. Atualmente tem 34 livros publicados, além de participações em diversas coletâneas. Também é colaborador de jornais e de revistas. Já foi finalista de diversos prêmios literários tendo recebido o Açorianos na categoria Conto pelo livro Tocata e Fuga (Bertrand Brasil) e na categoria Juvenil com o livro De carona, com nitro (Artes e Ofícios). Recebeu o prêmio Livro do Ano da Associação Gaúcha dos Escritores na categoria Poesia com o livro Estações da poesia (Positivo). Também foi laureado com o terceiro lugar do prêmio Biblioteca Nacional na categoria Juvenil com o livro O estalo (Positivo). Na sua atividade de escritor, participa de feiras do livro em todo o Rio Grande do Sul e de variados tipos de encontros com leitores em escolas e universidades. O autor também ministra oficinas literárias e tem o site www.luisdill.com.br e pode ser seguido no twitter. Fonte: Site do autor.
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