Olá docinhos! Venho trazendo para vocês resenha do Livro Meu amor, Meu bem, Meu querido da autora Deb Caletti. O livro foi enviado pela editora parceira do Jornalismo na Alma, Novo Conceito.Espero que gostem!
FICHA TÉCNICA
NOTAS
FICHA TÉCNICA
ISBN: 8581631584
ISBN-13: 9788581631585
Idioma: PORTUGUES
Encadernação: BROCHURA
Dimensão aprox.: 23 X 16 cm
Edição: 1°
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 240
Peso: 0,336
Onde comprar? Livraria da Cultura
Capa: 10
Conteúdo: 2,0
Diagramação: 10
Nota geral: 7,0
Um verão com aprendizados
Por Paloma Viricio
Visão Geral
“Deixei que as coisas que eu amava crescessem na minha frente, mandando aquele sentimento de pesar para bem longe e me tornando eufórica de novo, pois então estaria preparada para o salto”p.126. Realmente precisamos dar saltos na vida, grandes passos e tomar atitudes que possam mudar todo o caminho tortuoso, não é verdade? Ruby McQueen, uma adolescente de 16 anos, confusa por suas próprias escolhas, precisava colocar sua vida em uma “balança” e decidir o que é melhor para o coração dela, apenas o melhor...
E que decisão difícil. Ruby tem uma vida aparentemente normal, mora com a mãe (Ann), o irmão mais novo (Chip Jr) e o cachorrinho (Poe). Ela era a típica garota calada até conhecer Travis Becker. Esse garoto é um mauricinho sem rédeas e Ruby se deixa levar por ele. Um babaca inconsequente que quase transforma a jovem em uma marginal. O confuso é que não sabemos se ela gosta mesmo dele ou apenas da falsa liberdade, sensação de aventura e ilegalidade que ele passa. “Era uma compulsão. Pensava que eu estava apaixonada por ele. Mas eu nem ao menos gostava dele. Detestava o que ele tinha feito, mas queria ver aquele cabelo loiro de novo. Era como se ele tivesse tomado conta do meu corpo, um visitante malquisto trazendo ansiedade, intriga e miséria” p.90. Esse Travis me fez passar muita raiva porque é uma personagem insuportável e tive muita vontade de dar na cara dele. Gente, quem tem a coragem de chamar a própria mãe de puta como ele fez? Pelo amor de Zeus! Como diria a personagem Joe Davis, que é um pastor muito diferente e divertido. Senti mais raiva ainda da Ruby por se deixar se tão manipulável e sofrer por um merd...desse.
O pior que acho que isso é mal de família, porque a mãe de Ruby é tão burra em questões do coração quanto ela. Sei que é difícil quando falamos de assuntos do amor, mas elas são tão bestas que chegam a irritar. Na verdade a vida de Ruby e adjacências é muito desinteressante... elas são um pouco chatinhas. O começo do livro é bem arrastado, parado, árduo e confesso que esperava muito mais de Deb Caletti, por isso a nota referente ao conteúdo deste foi baixa. A descrição da autora é maravilhosa, mas essa história não convenceu tanto, não serve para prender a atenção do leitor totalmente. Tenho que confessar que quase abandonei o livro na metade, mas como velha leitora guerreira, persisti até o final. “Fui correndo para o quarto. Botei a mão no bolso da calça. Peguei o meu colar e fechei a palma da mão. Num átimo, pensei que os nossos corações tinham sido comprados por um preço muito barato” p.45.
As confusões mentais de Ruby sobre o que queria ou não me incomodaram demais, mas até que fui me acostumando com a personagem e não tive muitos problemas (isso depois de relutar para terminar o livro). Ela era tão confusa que me deixava confusa também. Sinceramente a melhor parte do livro é quando a autora entra no universo do clube de leitura das Rainhas das Caçarolas. Essas personagens são muito divertidas e uma delas é envolvida em um romance antigo que trará á tona paixões envolvendo um autor de livro reconhecido, lições e uma viagem deveras divertida. Gostei muito quando Ruby percebeu o valor da família na vida dela e começou a tomar consciência dos próprios atos, passando a ser mais decidida e confiante. “Eu não conseguia dormir naquela noite. A lua estava quase cheia e fazia calor, e tinha partes do meu corpo que se pareciam como listras de zebras desenhados pelo luar que atravessava as venezianas. Vestia meias de zebra, luvas de zebra e botas de zebra. Virei o travesseiro de lado, para a parte mais fresca, e tentei voltar ao sono, mas aquilo também não funcionou” p.111.
Em meu amor, meu bem, meu querido, observamos que muitas vezes é preciso ter pulso forte, escolher o melhor caminho, deixar o errado para trás e nunca mais olhar para este. E mais do que isso, ás vezes precisamos das gotas das chuvas para limpar todas as más lembranças e seguir em frente. “ Finalmente, começou a chover. Uma chuvinha que me cobriu feito uma manta pobre, enquanto eu me deitava ao lado da placa. Chorei com as mãos na barriga. Naquele momento, não sabia que havia outra pessoa debaixo da chuva, naquela noite, sofrendo também” p.138.
Design e diagramação
As letras e espaçamentos são adequadas e as folhas são em material pólen que facilita a leitura. A capa é maravilhosa...compraria o livro apenas por causa dessa, pois devemos reconhecer o ótimo trabalho da editora nesse quesito. Ao finalizar a leitura fiquei raciocinando sobre o título do livro e vi que não tem muito que ver com a personagem principal, pode ser que tenha com outra adjacente, mas a autora não nos da certeza disso. Gostei muito do adicional para guia de clubes de leitura que vem no final do livro e por esse incentivar a criação desses. Lá encontramos um manual para discutir em grupo questões interessantes abordadas no livro.
Sobre a autora
Deb Caletti e sua família vivem metade do tempo no subúrbio de Seattle e outra metade em um barco, num tipo de casa flutuante. Suas melhores inspirações vêm de sua mãe, seus filhos e de seu cachorro, os quais não parecem se importar. Quando não está escrevendo ou lendo livros, Deb se dedica à pintura e a aulas.
O trabalho Um verão com aprendizados de Paloma Viricio foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Obs.: Todos os textos produzidos neste blog são da minha autoria e estão registrados. Se utilizá-los, por favor lembre-se dos créditos.
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