Parceria Senhor das Noite - Jornalismo na Alma
Uma história fantástica em Orum
Uma história, não é simplesmente “uma história”. Ela é um meio de levar seus leitores para mundos novos, de nos transportar a realidades incríveis, as quais antes somente o autor poderia trafegar livremente. Uma história nos faz conhecer personagens, que apesar de serem imaginários, nos ensinam a conhecer a nós mesmos. E é sobre uma história assim que eu vim falar, uma obra chamada: “A saga de Orum – Os Guerreiros Sagrados”.
Realmente a história é no mínimo convidativa. Adolescentes que de uma hora pra outra se veem num mundo novo, tendo que empreender uma busca, para que enfim possam salvar o seu mundo, a Terra, e Orum, o tal mundo novo, que na verdade é mais velho que a própria Terra.
Analisando a história, e o modo de escrever da escritora Lara Orlow, eu pude perceber muitas coisas, positivas e negativas. A primeira é que a escritora, de certo modo, tenta sempre está intima do leitor, fazendo comentários sobre as próprias narrações, perguntando diretamente a quem está lendo; muitos autores usam isso, e acabou tornando o livro um amigo do seu leitor, dando uma sensação convidativa a continuar lendo.
A narração é bem descritiva, chega a ser excessiva em alguns pontos, mas sempre detalhista. Alguns podem até gostar disso, mas particularmente, algumas descrições exageradas acabam cadenciando a história, e impedindo que a ação prossiga seu curso normalmente. Mas esse fato não chega a ser tão importante na analise completa do livro; eu encontrei o que poderia, sim, causar um certo desconforto, a alguns tipos de leitores. Erros da revisão da editora, caso houve. Em pequenos pontos isolados, existem pequenos erros de digitação, coisas como uma letra maiúscula no meio de uma palavra normal, e até falta e excesso de letras em algumas palavras, porém em poucos lugares do livro.
Nenhum dos pontos negativos, porém, afetou a qualidade da história. Uma aventura fantástica, com uma trama totalmente inesperada e surpreendente. Apesar de a história ser muito boa para jovens adolescentes e até crianças, adultos também podem se identificar com os personagens, e com as situações.
Partes do livro ensinam a lidar com problemas pessoais, o que faz ser uma leitura perfeita pra quem está entrando na adolescência. Há muita ação, o que vai fazer com que os meninos não fiquem entediados com o clima de mistério que toma a história, e faz as meninas incitarem os seus dons de curiosidade.
Algo que eu não posso deixar de falar sobre “A Saga de Orum”, até porque muitos podem estranhar durante os primeiros capítulos e ao decorrer de toda a história, é sobre a inspiração na cultura africana. Como muitos sabem, o Brasil sofre muito com a intensa discriminação e preconceito com a religião africana. Afinal a grande parte desse país é católica, e os costumes daqui repudiam a cultura que praticamente formou esse país. No livro, o leitor aprende um pouco sobre essa cultura, sobre orixás e tudo mais, apesar de que a escritora alterou certas coisas, para transformar numa história de literatura fantástica adequada. Então, se você tem muito preconceito com essa religião, leia o livro, assim você poderá até, quem sabe, se interessar nas lendas e mitos africanos.
A Saga de Orum é inovadora, irreverente, e encantadora. Não há como você não se deliciar com os diálogos divertidos de Duda, Verônica e Rick. Não há como você não se impressionar com as aventuras inacreditáveis e os feitos valorosos que os guerreiros sagrados fazem na sua busca. Meus parabéns a Lara Orlow, pela sua obra. E logo, eu sei e espero, haverá a continuação dessa divertida aventura.
Escrito por Jadson L. Ribeiro, do blog Senhor das Noites.
Designer e diagramação da Obra
Notas
Capa: 9.3
Diagramação: 9.0
Marcadores: 8.8
Designer total: 9.1
MEDIA: 9.05 (MUITO BOM)
A capa do livro é incrível, o designer ficou bem legal, porém achei que faltou algo que mostrasse e convidasse o leitor à história. Mas ainda assim, a capa é linda.
Na diagramação, usaram letras para os capítulos que ficaram "show". Foi uma das coisas que mais me agradou na diagramação.
Os marcadores são umas fofuras, mas normais, não há nada de mais neles, por isso não dei 10.
A obra impressa ficou muito boa, as folhas em tom amarelado deu um ar interessante a leitura.E apesar de ser um livro grosso, o prazer da leitura não me deixou em hora nenhuma.
Mais uma vez, meus parabéns a escritora. E até a próxima resenhas meus noturnos do Senhor das Noites e amigos do Jornalismo na Alma.
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