Resenha- Uma mulher chamada guitarra-Vinicius de Moraes
By Paloma Viricio - novembro 10, 2013
Olá amores! Venho trazendo para vocês resenha do Livro Uma mulher chamada guitarra do autor Vinicius de Moraes. O livro foi enviado pela editora parceira do Jornalismo na Alma, Companhia das letras. Vamos conferir?
FICHA TÉCNICA
Capa:Retina _ 78
Páginas:104
Formato:14.00 x 21.00 cm
Peso:0.14400 kg
Acabamento:Brochura
Lançamento:11/09/2013
ISBN:9788565771085
Coleção:Boa Companhia
Selo:Boa Companhia
Onde Comprar? Companhia das Letras.
NOTAS
Capa: 10
Conteúdo: 10
Diagramação: 10
Nota geral: 100 (Ameii)
Crônicas de um grande mestre
Por Paloma Viricio
Visão Geral
“O material do poeta é a vida, e só a vida, com tudo o que ela tem de sórdido e sublime. Seu instrumento é a palavra. Sua função é a de ser expressão verbal rítmica ao mundo informe de sensações, sentimentos e pressentimentos dos outros com relação a tudo o que existe ou é passível de existência no mundo mágico da imaginação. Seu único dever é fazê-lo da maneira mais bela, simples e comunicativa possível, do contrário ele não será nunca um bom poeta, mas um mero lucubrador de versos ”p.69. Ser poeta é isso e muito mais, é um infinito de vertentes, soluções e reclamações através das palavras. Vinicius de Moraes sabia exatamente como costurar a melodia das letras de forma sublime.
Uma mulher chamada guitarra é um livro de crônicas escolhidas do grande mestre carioca Vinicius de Moraes, que foi cercado de homenagens na data do seu centenário no último dia 19 de outubro. Essa é a primeira obra que leio do autor e desejo conhecer muitas outras porque simplesmente amei. Não tem como não gostar das palavras dele, tão sábias, lindas, acolhedoras... perfeitas! Através das crônicas apresentadas em Uma mulher chamada guitarra encontramos diversas fases de Vinicius. O autor nos presenteia com lembranças da infância, amores, pessoas e momentos. “Seja a mulher a mãe, a esposa, a amante,a filha, a bem-amada do meu coração; possa eu amá-la e respeitá-la, dar-lhe filhos e silêncios. Possa eu coroá-las de folhas da primavera em seu nascimento, seu conúbio e sua morte.Tenha eu no meu pensamento a ideia constante de querê-la e lhe prestar serviço...”p.30.
Esse livro é bem pequeno e o leitor pode devorá-lo em um dia ou até mesmo horas (como no meu caso). Não tenho o que falar da obra a não ser apontar elogios porque não consegui achar nenhum ponto negativo no livro. Muitooo bom! Só me arrependo por não ter lido nenhuma escrita de Moraes antes. Ele deixou a marca da sua identidade nas palavras que escrevia, simplesmente apaixonada por esse homem que sabia ver a sensibilidade, beleza, da lua e das flores. “Depois da guerra vão nascer lírios nas pedras, grandes lírios cor de sangue, belas rosas demasiadas. Depois da guerra vai haver fertilidade, vai haver natalidade, vai haver felicidade. Depois da Guerra, ah meu Deus, depois da Guerra, como eu vou tirar a forra de um jejum longo de farra! ”p.54.
Design e diagramação
O livro reflete sensibilidade assim como as palavras de Vinicius. A capa é muito linda e gostei bastante. As folhas são em material pólen, com letras e espaçamento agradáveis. Essa obra faz parte do selo Boa Companhia que apresenta as melhores produções literárias de autores consagrados como Vinicius de Moraes, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade e Mia Couto.
Sobre o autor
Nasceu em 1913, no Rio de Janeiro. Cursou a Faculdade de Direito da rua do Catete e a Universidade de Oxford, onde estudou língua e literatura inglesas. Em 1941 entrou para o Itamaraty, assumindo em 1946 seu primeiro posto diplomático, de vice-cônsul em Los Angeles. Poeta, cronista e dramaturgo, em 1953 conheceu Antonio Carlos Jobim e iniciou um apaixonado envolvimento com a música brasileira, tornando-se um de seus maiores letristas. A lista de seus parceiros musicais é vasta, incluindo, além de Tom Jobim, Baden Powell, Chico Buarque, Carlos Lyra, Edu Lobo e Toquinho, entre outros. Morreu em 1980, na banheira de sua casa, no Rio de Janeiro. Fonte: Companhia das Letras.
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