Resenha- O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks- E. Lockhart
By Paloma Viricio - dezembro 10, 2013
Olá amores! Venho trazendo para vocês resenha do Livro O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks da autora E.Lockhart. O livro foi enviado pela editora parceira do Jornalismo na Alma, Companhia das letras. Ele faz parte do selo Seguinte. Vamos conferir?
FICHA TÉCNICA
Título original:THE DISREPUTABLE HISTORY
Tradução:André Czarnobai
Capa:Cássio Leitão
Páginas:344
Formato:14.00 x 21.00 cm
Peso:0.41800 kg
Acabamento:Brochura
Lançamento:12/09/2013
ISBN:9788565765206
Selo:Seguinte
Sinopse: Aqui!
NOTAS
Capa: 10
Conteúdo: 10
Diagramação: 10
Nota geral: 100 (Ameii)
As aventuras de Frankie Landau-Banks
Por Paloma Viricio
Visão Geral
“Muito embora , em retrospectiva, não tenha sido tão surpreendente quanto as travessuras que ela aprontaria quando voltasse para a escola, o que aconteceu com Frankie Landau-Banks nas férias de verão após o primeiro ano do ensino médio foi um choque. Foi certamente perturbador do bastante para incomodar Ruth, a mãe conservadora de Frankie, e incitar diversos rapazes na vizinhança de Frankie em Nova Jersey a pensarem (e até fazerem) coisa que jamais haviam imaginado”,p.10. Em um ano Frankie mudou completamente, com 15 anos ela era uma menina repleta de curvas, inteligente e estrategista. Antes não notada, agora chamava a atenção de muitos no colégio...principalmente dos meninos, em especial Matthew Livingston.
Frankie já conhecia Matthew, mas só passaram a se falar quando ela estava no segundo ano do colégio e “esbarrou” com o rapaz. Começaram a se envolver, andar juntos e Frankie convivia não somente com o atual namorado (Matthew), mas com os amigos dele. Alessandro Tesorieri, Alfa, é melhor amigo de Livingston e de algum modo tenta manter Frankie longe deles quando precisam fazer coisas de meninos. Só que Frankie não sente-se confortável com a suposta barreira que surge entre ela, Matthew e os amigos...para o namorado ela era apenas uma menininha com rostinho bonito, mas ela provou que era muito mais do que ele ou qualquer outra pessoa poderia imaginar. “Ele não conhecia nenhum amigo de Frankie do Clube de Debates, nem os colegas do segundo ano com quem ela convivia. Ele não tinha curiosidades sobre sua família. Ele esperava que ela se tornasse parte da sua vida, mas não queria ser parte da vida dela”,p.104.
Cansada de ser desprezada pelo namorado quando o assunto era sair com os amigos, ela segue ele e descobre o segredo dos marmanjos...a Leal Ordem dos Bassês. “Era uma sociedade secreta, mas era difícil dizer exatamente para quê ela servia. A maioria das reminiscências de Sênior envolvia brincadeiras feitas no campus, como deixar mensagens codificadas misteriosas no quadro de avisos, ou sair depois do toque de recolher. Ele e seus amigos pareciam querer que Frankie e Zada soubessem que a sociedade existia (...)”, p.65. Ela queria mais do que ser reconhecida como a namorada de Livingston, um rostinho bonito, ela queria fazer parte do grupo de igual para igual... ou mais.
Como John Green mencionou, E. Lockhart criou O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks e é simplesmente brilhante! A autora conseguiu montar uma trama completamente envolvente, que fascina o leitor até a última página. Frankie é adorável! Ela representa todas as mulheres que já se sentiram menosprezadas pelos homens e deram a volta por cima mostrando que poderiam ser igual ou até melhor que eles. As confusões que Frankie acaba se envolvendo, carrega o leitor para o universo dela e consegue transportar para quem está lendo todos os sentimentos da moça. Matthew e Alfa são os mais irritantes da estória porque são os típicos “badboys sabem de tudo”, mas no fundo não sabem de nada porque não passam de moleques crescidos que esqueceram de tirar as fraldas (típicos adolescentes babacas).
Frankie é estrategista e pensa meticulosamente antes de falar algo ou agir. A autora faz referência ao sistema pan-óptico (Vigiar e punir-Michel Foucault) e as regras do colégio de Alabaster, onde Frankie estuda. Simplificando...seria a vigia constante das pessoas, sem elas saberem quando ou por quem, e nesse sistema teriam que sempre estar seguindo as regras impostas. Frankie sentia-se a todo o momento sufocada pelo sistema pan-óptico em Alabaster, podemos dizer que esse e o desejo por liberdade feminina foram os grandes motivos para que a mocinha começasse á “violar” as leis e a sensação torna-se algo viciante. As pessoas na sociedade atual vivem em uma espécie de sistema pan-óptico porque com os sistemas de câmeras e afins tornam-se vigiadas o tempo todo, por alguém, em qualquer lugar que estejam. O livro é maravilhoso e merece ser lido por pessoas de todas as idades. “É melhor ficar sozinha, ela pensa, do que ficar com alguém que não te enxerga como você é. É melhor liderar do que seguir. É melhor falar do que ficar em silêncio. É melhor abrir portas do que fechá-las na cara das pessoas”, p.335.
Design e diagramação
As folhas são em material pólen, letras e espaçamentos confortáveis e no começo de cada capítulo tem a imagem de um cachorrinho bassê (fofo demais). A capa é bem diferente e chama bastante atenção. Dentro das letras tem uma estampa de imagem que o leitor pode imaginar ser a fachada do colégio Alabaster.
Sobre a autora
Nasceu em Nova York e fez doutorado em literatura inglesa na Universidade Columbia. Deu aulas de redação, literatura e escrita ativa. Seus livros já foram traduzidos para mais de dez idiomas. É autora deDramarama, The Boyfriend List e Fly on the wall, e coautora de How to Be Bad, com Lauren Myracle e Sarah Mlynowski. Site da autora. Fonte: Editora Companhia das Letras.
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Obs.: Todos os textos produzidos neste blog são da minha autoria e estão registrados. Se utilizá-los, por favor lembre-se dos créditos.
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