Resenha- Colin Fischer- Ashley Edward Miller, Zack Stentz

By Paloma Viricio - abril 28, 2014

Miller, Ashley Edward. Colin Fischer/Ashley Edward Miller e Zack Stenz; tradução Henrique Amat Rêgo Monteiro. - 1.ed.- Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2014.
Resolvendo o crime. Uma expressão facial por vez. O ano letivo de Colin Fischer acabou de começar. Ele tem cartões de memorização com expressões faciais legendadas, um desconcertante conhecimento sobre genética e cinema clássico e um caderno surrado e cheio de orelhas, que usa para registrar suas experiências com a MUITO INTERESSANTE população local. Quando um revólver dispara na cantina, interrompendo a festinha de aniversário de uma das garotas, Colin é o único que pode investigar o caso. Está em suas mãos provar que não foi Wayne Connelly, justamente aquele que mais o atormenta, que trouxe a arma para a escola. Afinal de contas, a arma estava suja de glacê, e Wayne não estava com os dedos sujos de glacê… *Cortesia: Editora Novo Conceito.
 Ficha Técnica
Autores: ASHLEY EDWARD MILLER | ZACK STENTZ
Título: Colin Fischer
ISBN: 9788581634166
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2014
Edição: 1
Número de páginas: 176
Formato/Acabamento: 16x23x1,2
Peso: 0.24 kg
Preço Sugerido: R$ 29.90
Área Principal: FICÇÃO
Assuntos: DRAMA | YOUNG ADULT
Compra: AQUI

Notas 
Capa: 10/10
Conteúdo:08/10
Diagramação: 10/10
Conceito Geral:90/100


As Travessuras de Colin
Por Paloma Viricio

Visão Geral
 “-Seus seios cresceram- Colin anunciou. As bochechas de Melissa tingiram-se de vermelho e ela deu um risinho e tossiu. Estava acostumada com Colin, mas nunca inteiramente preparada para ele”,p.23 São pérolas como essa e tantas outras que o leitor encontra no livro de Colin Fischer, isso porque o menino não tem papas na língua. Aliás...ele em quase todas as ocasiões fala mais do que deveria. È algo que faz parte da personalidade dele e que se não existisse não seria Colin Fischer.

ColinFischer é um menino de 14 anos que possui a Síndrome de Aspeger, o que o torna especial já que ele tem pensamentos e um cérebro bem diferente dos outros...ele é bastante inteligente. Mas também tem manias bastante estranhas como a de temer o toque de outras pessoas. No livro encontramos a experiência do menino no primeiro ano do colegial, seus medos, conquistas, com uma pitada de mistério. A história se desenvolve quando acontece um disparo por arma de fogo na cantina do colégio e Colin (que é grande fã de Sherlock Holmes) inicia uma investigação por sua conta e risco. O objetivo do menino é descobrir qual o verdadeiro culpado pelo disparo, já que a policia quando acionada acusa um aluno que Colin tem certeza que não é o culpado.“O cano de metal preto ainda estava fumegante, a coronha de borracha manchada de chocolate branco e glacê cor-de-rosa. Os pais de Colin não tinham armas de fogo em casa, de modo que isso era o mais próximo que já vira de uma arma fora do coldre de um policial. Colin agachou-se ao lado dela, tomando o cuidado de não tocar em nada”, p.54.

O livro não entrou para a lista dos meus favoritos, mas não posso falar que me decepcionei com ele porque na verdade não tinha uma linha de favoritismo traçada para essa leitura. Gostei? Sim e muito! Na verdade só achei o livro um pouco parado inicialmente e tive um pouco de dificuldade para me adaptar aos raciocínios de Colin. Em compensação fui contemplada com uma leitura rápida, divertida e recheada com um suspense que acabou me surpreendendo (É...não consegui descobri o verdadeiro culpado até os autores revelarem o mesmo). Além do mais o Colin apronta, viu? A brochura  é cheia de pitadas de humor também. Por diversas vezes me peguei rindo sozinha das reações inesperadas de Colin e outros personagens. “Meus pais dizem que é difícil saber em que estou pensando, porque a maior parte do tempo mantenho uma expressão muito impassível. Isso não é algo que eu tente fazer, é apenas a maneira como sou. Meu pai brinca dizendo que eu tente fazer, é apenas a maneira como sou. Meu pai brinca dizendo que eu  jogo com as minhas cartas muito bem escondidas- mas isso não é verdade”,p.35.

A obra é narrada em terceira pessoa, mas cada início de capítulo é escrito em primeira pessoa pelo Colin, o que me fez concluir que esses trechos representavam partes de um caderno de anotações que o menino tinha e não desgrudava de jeito ou maneira. Encontramos diversas informações sobre curiosidade em geral que são conectadas de alguma forma com a trama. O que me chamou bastante atenção foram as notas de rodapé. Elas apresentam-se de forma bem diferente. Não serve apenas para explicar o significado de um termo ou sigla, além disso elas trazem uma explicação mais detalhada sobre um assunto e ainda são relacionadas também com os pensamentos do próprio Colin. Não esperava muito do livro, achei bem parado inicialmente (como disse) , mas no final das contas foi um entretenimento bem- vindo e gostei bastante. Aprovado!“Eu pensava que as pessoas fazem isso porque são ruins em matemática, mas a verdade é porque são como jogadores. Deixam passar boas oportunidades que estão bem na sua frente em troca de outras imaginadas melhores e que quase nunca se materializam. É por isso que confio na matemática e não nas pessoas. A matemática produz melhores decisões”, p.103.

Design e diagramação
A capa é um pouco estranha quando o leitor olha inicialmente, mas depois entendemos que ela é perfeito para representar a trama. O que acho no mínimo irônico é que a capa é Azul e o Colin odeia essa cor (risos). O miolo é confeccionado com material pólen. Letras e espaçamentos são agradáveis á visão.

Sobre os autores
Ashley Edward Miller e Zack Stentz se conheceram na internet, em consequência de uma paixão em comum por qualquer coisa que tenha a ver com Jornada nas Estrelas. Juntos, eles escreveram e/ou produziram mais de cem horas de televisão, trabalhando nas séries Fringe e Terminator: The Sarah Connor Chronicles. Mais recentemente, eles colaboraram no roteiro dos filmes X-Men: Primeira Classe e Thor. Ambos moram em Los Angeles. Fonte: Editora Novo Conceito.
Licença Creative Commons
O trabalho As travessuras de Colin de Paloma Viricio foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil.

Obs.: Todos os textos produzidos neste blog são da minha autoria e estão registrados. Se utilizá-los, por favor lembre-se dos créditos.  

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