Resenha- Dias Perfeitos- Raphael Montes
By Paloma Viricio - maio 05, 2014
Quero acreditar que o autor inventou totalmente esse personagem principal (não me sentiria confortável se soubesse que foi baseado em alguém real) não quero ter que pensar que posso conviver com alguém assim. Não eu não estou dramática hoje, mas dói admitir que todos nós temos um pouco de Téo e não queremos que ninguém perceba.
Tudo corre bem para um jovem cujo único e verdadeiro amor era um cadáver, possivelmente de uma indigente, cujo sexo feminino só foi identificado pelo formato dos ossos tamanha a decomposição, a felicidade deveria ser focada na convivência com uma mãe independente que não se deixou abalar por um acidente que retirou seus movimentos, mas não Téo é feliz quando passa a maior parte do seu tempo no curso de medicina com Gertrudes (o corpo) mas isso não faz dele um psicótico; faz? A menos é claro que quando conhece uma garota desviada do comportamento padrão começa a gostar tanto dela a ponto de desejar que ela fosse/ou seja/ou se torne igual Gertrudes (o corpo). Vida boa é a de Clarice que fuma e bebe tudo que for liquido ou "fumável" vive por ai tentando provar que é uma roteirista de cinema promissora provando seu próprio roteiro em busca da tão sonhada notoriedade de uma sociedade que abomina ao ponto de não fazer questão nenhuma de se encaixar em um comportamento padrão.
Vamos manter o foco para não liberar spoilers minha cara (disse a Lorena leitora para a Lorena colunista de blog) mas a dificuldade de não liberar spoilers de um thriller é tão grande quanto o desejo de matar?(não, espera) sim chega-se ao ponto que o livro, a vida, o roteiro a viagem entre amigas que na verdade é traçada com um psicótico com altas tendências psicopáticas (sim, são coisas diferentes liguem para Dr.Hannibal e perguntem).
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*Cortesia: Editora Companhia das Letras.
Postagem feita por:
Lorena desde 1988, uma eterna criança. Apaixonada por livros desde sempre. Formada em História , mas escolhendo novos caminhos. Perdida em pensamentos e redescobrindo o mundo depois de alguns erros e acertos .A questão é, o que se aprende e não como se aprende, a maioria das mulheres se perde na necessidade terrível de um príncipe que as salve, meu amor não precisa me salvar, afinal sou eu que alimento o dragão e somente eu tenho a chave do calabouço.
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