Olá meus leitores!O Monólogo de Julieta traz entrevista com o autor Marcelo Garbine que já escreveu diversos livros, tem um site com conteúdo muito legal e além de tudo é compositor. Quer mais? Vamos conferir...
O autor
Monólogo de Julieta- Marcelo Garbine é...
Marcelo Garbine-Itinerante
do âmago que encontrou nas letras um meio de compartilhar os seus devaneios e
valores.
Monólogo de Julieta-Como iniciou o desejo de ser escritor? Há quanto tempo
escreve?
Marcelo Garbine-Aos
três anos, eu ditava estorinhas para a minha mãe escrever em papel almaço. Ela
recortava e grampeava em forma de livrinho, com direito a capa, título e minha
assinatura como autor. Os meus olhinhos pueris encantavam-se e brilhavam de
alegria. Era divertido.
Monólogo de Julieta-Quantos livros você já escreveu? Nos conte um pouco sobre
cada um.
Marcelo Garbine-Publiquei
os meus primeiros livros aos dezessete anos: “A ressurreição do poeta” e “A
refeição dos micróbios”. Eu dava palestras sobre os livros, em escolas, para
adolescentes da mesma idade que eu. O primeiro é um diálogo do meu estado
poético de espírito com a materialização das minhas personalidades. O segundo é
um manifesto jovial e inocente sobre a liberdade de expressão. Ambos foram
escritos miscigenando-se prosa e verso. Houve um desvio muito forte na minha
rota. Fiz faculdade de economia e depois me tornei funcionário público do poder
judiciário. A literatura e a poesia continuaram acompanhando a minha
trajetória, mas ficaram, artificiosamente, ofuscadas, relegadas aos momentos de
profunda inspiração. Evidentemente, era uma bomba relógio que, uma hora,
explodiria. Por isso eu estou aqui. Atualmente, escrevo sempre,
independentemente de inspiração. Cobro-me profissionalismo. Consigo escrever
uma crônica de humor, mesmo nos momentos em que não estou bem, no meu íntimo.
Monólogo de Julieta-Qual deles é seu xodó? Por quê?
Marcelo Garbine-O
primeiro porque foi mais espontâneo e possibilitou que as pessoas
compreendessem um pouquinho sobre mim, o que era uma necessidade deveras
importante, tanto naquele momento como hoje.
Monólogo de Julieta-Você me disse que escreve poesias e crônicas com frequência.
De onde tira inspiração para criá-las?
Marcelo Garbine-Dos
próprios fatos do dia a dia e que marcaram a minha vida. Escrevo as minhas
crônicas em primeira pessoa justamente por isso. Cada tema remete a um período
específico da minha vida, seja atual, da adolescência dou da infância. No caso
das poesias, algumas são baseadas em amores e relacionamentos e outras no afã
de expressar um estado de espírito pessoal, do que sou ou do que almejava ser
quando a escrevi.
Monólogo de Julieta-Você escreve letras de músicas. Qual a principal diferença
entre escrever outros tipos de textos e letras de músicas?
Marcelo Garbine-No
meu site http://mingauacido.com.br/, eu
escrevo crônicas de humor, poesias, letras de música, textos motivacionais e
dicas gramaticais. No caso das letras de música, não existe o compromisso
ferrenho com a obediência à norma culta da língua e com a dissertação lógica.
São poesias adaptáveis para a expressão musical. Uma Forma de fraseologia
livre, modulada pela circunscrição de ideias exprimidas de modo agradável ao
órgão sensorial auditivo, apenas. Quando escrevo uma crônica, coloco o meu
coração nela, mas explico os sentidos com coerência argumentativa. Numa letra
de música, não se argumenta no sentido literal da palavra, e, sim, lança-se os
sentimentos, ruptilmente, e a conexão congruente é esquadrinhado pela
sensibilidade poética do receptor. Apesar do texto em prosa requerer, também,
uma interpretação, são nas poesias e nas letras de música que a vacância
alforriada é ofertada com mais ênfase à outra ponta comunicativa.
Monólogo de Julieta-Sobre qual tema escreveria um outro livro? Por quê?
Marcelo Garbine-Quando
escrever um romance, explanarei sobre fatos e consequências, num processo
quântico. Gosto dessa magia que, dialeticamente, desfaz todo o mito do
sobrenatural, empolga com a ideia de que construímos universos com pequenos
gestos e pensamentos e, concomitantemente, ensina sobre a responsabilidade de
cada atitude nossa, por menor que seja. Para que essa elucidação seja melhor
assimilada, nada melhor do que reportá-la de bem longe, algo como um pequeno
país, de preferência situado numa ilha, real ou imaginário. A razão disso é a
necessidade que temos de olharmos para fora, de preferência para uma cultura
bem distinta, para enxergarmos o no “eu” em outros “eus”, cairmos em nós acerca
da homogeneidade humana e compreendermos, por conseguinte, quem somos nós e
quem são os outros, que, no fundo, é a mesma coisa.
Monólogo de Julieta-Tem algum trabalho em andamento? Se sim, nos conte um pouco
sobre ele.
Marcelo Garbine-Algumas
crônicas gramaticais, que são didáticas e humorísticas, no mesmo passo, estão
sendo escritas por capítulos cujas leituras podem ser feitas sequencial ou
separadamente. As minhas letras de música estão sendo trabalhadas pelos meus
amigos e músicos Pedro Georges Eleftheriou e Mariana Luedi, com direito a
clipes, violão, piano e violino, dentre outros incrementos. Uma nova versão do
meu site, com mais capricho no designe, variedade maior de seções, mídias e
conteúdos e maior comodidade para o leitor, está sendo preparada e entrará no
ar, em breve. Outrossim, lançarei um e-book contendo crônicas de humor e
poesias.
Monólogo de Julieta-Se pudesse ser personagem de livro, qual seria? Por quê?
Marcelo Garbine-Seria
o Sinclair, do livro Demian, de Hermann Hesse, por conta da apaixonante busca
interna.
Monólogo de Julieta-Como seria seu paraíso literário?
Marcelo Garbine-Já
estamos vivendo-o com a fartura literária online e a interação entre escritores
e leitores – inclusive em tempo real – através das redes sociais. A importância
do livro tradicionalmente impresso continua existindo, mas temos a opção de
alcançar, instantaneamente, o público, fazendo uso do que a internet oferta.
Esse recurso tecnológico permite, até mesmo, comprarmos com muito mais
facilidade os nossos afavelmente táteis livros de papel.
Monólogo de Julieta-Qual a maior dificuldade que enfrentou para publicar seus
livros? Como superou essa situação?
Marcelo Garbine-A inocência
e a falta de maturidade. Ainda adolescente, minha personalidade estava em
formação. Era operoso sustentar tudo o que buscava expressar nas letras.
Monólogo de Julieta-Como se sente com a receptividade das pessoas que leram suas
obras?
Marcelo Garbine-Irradiantemente
feliz. Um elogio sincero de alguém que leu um texto ou poesia meus,
emocionou-se ou riu, não tem preço.
Monólogo de Julieta-De que forma as parcerias literárias com blogs/sites ajudam
o escritor?
Marcelo Garbine-Escritores
contemporâneos de ponta expõem-se, comumente, em blogs ou sites. A tecnologia
moderna assente a linkagem fácil entre revelações do mundo da literatura,
permitindo que os públicos, até então dispersos, descubram outros autores, que,
por serem do agrado do escritor que gosta de contemplar, possui grandes
chances, também, de cair nas graças de seu paladar literário.
Monólogo de Julieta-Diga um autor preferido
no Brasil? Por quê?
Marcelo Garbine-Com
o Machado de Assis, pude organizar melhor as minhas ideias soltas. Sua
literatura robusta ajudou-me a não permitir que um turbilhão de pensamentos
fosse dissipado na minha mente.
Monólogo de Julieta-Diga um autor estrangeiro
preferido? Por quê?
Marcelo Garbine-Eu
não gostava dos livrinhos infantis colocados à disposição das crianças, na
escola. Eram medíocres e subestimavam as nossas inteligências. Títulos como “O
tatuzinho feliz” davam-me nos nervos. Com dez anos, eu li “A revolução dos
bichos” de George Orwell. A estória ficou na minha cabeça e, conforme fui
crescendo, pude compreender que se tratava de mais que uma estória de
porquinhos e cavalinhos: era uma crítica ao totalitarismo. Creio ser esse tipo
de literatura que deva ser apresentado às crianças. O conteúdo será assimilado
com o tempo, conforme se desenvolvem e amadurecem.
Monólogo de Julieta-Qual a dica que você daria para futuros escritores?
Marcelo Garbine-Seja
você mesmo a todo instante. Se você tentar ser outro escritor, será como cantar
fora do tom.
Monólogo de Julieta-Para encerrar gostaria de fazer um bate e volta com você.
Marcelo Garbine-
Uma pessoa: Minha musa inspiradora Camila
Giacometti.
Um desejo: Dedicar-me exclusivamente à literatura e
ter uma equipe que cuide de todo o restante do processo, como vendas e
divulgação.
Um livro: “O Processo” do Franz Kafka.
Uma música: “O teatro dos vampiros” do Legião
Urbana.
Uma comida: Sushi de ovas de peixe.
Uma bebida: Coca-cola. Tomo cerca de oito litros por
dia.
Uma frase: “Se você pensa que pode ou se pensa que
não pode, de qualquer forma você está certo” (Henry Ford)
Animal de estimação: Logo, terei um Lhasa Apsu e
o seu nome será Pudim.
Filhos: Ainda não os tenho. Estão nos meus
planos e serão o sentido da minha vida, juntamente com a expressão literária.
Dinheiro: Consequência de um trabalho bem feito.
Felicidade: É uma tríade: viver o amor dos sonhos,
trabalhar fazendo o que gosta e transmitir valores.
Fama: Reconhecimento do talento, do esforço e do trabalho.
Religião: “A dúvida é preço da pureza e é inútil
ter certeza” (Humberto Gessinger)
Blogueiros: Marreco e Kchaço, os heróis do blog
Geração X2, no qual comecei e por isso sou eternamente grato.
Falsidade: Facilmente detectável: o corpo fala.
O autor
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