Os livros de John Green sempre nos trazem questões, dentre essas sempre está a questão do infinito e da vida após a morte. Bem, não foi diferente em “Quem é você, Alasca?”. Eu tive uma ótima estória comigo durante essa leitura, ótimos personagens, acontecimentos divertidos, últimas palavras e aquele velho e chato acontecimento emocionante que dá uma reviravolta na estória e transforma os personagens. Bem, lógico que Green não inovou nesse acontecimento.
O livro trata-se do Grande Talvez e de Como Vamos Sair Desse Labirinto de Sofrimento. Miles Halter, vulgo “Bujão”, é o personagem principal, que vai estudar num colégio interno distante da família e dos amigos que ele define como “chatos”. Miles é apaixonado pelas últimas palavras de grandes pessoas, como presidentes e revolucionários. Uma das últimas palavras que começa o livro e dá sequencia às aventuras de Miles é a de François Rabelais, que foram “Vou em busca de um Grande Talvez”. E é isso que ele faz ao se aventurar num novo lugar e em fazer novas amizades que lhe trará novas experiências.
O livro é um velho romance adolescente, que discute de forma descompromissada várias experiências e sentimentos que se tem quando se é jovem. Além de introduzir também questões filosóficas sobre a vida e suas consequências. Apesar de a estória ser diferente, eu não vi muitas mudanças em relação ao livro mais famoso do autor “A Culpa é Das Estrelas”. O que me incomodou um pouco, pois ele usou a mesma linha de ideia, com a única diferença de que em A culpa É Das Estrelas ele aborda também a questão do câncer. Já em “Quem é você, Alasca?” Ele aborda questões típicas da adolescência, como fazer amigos, manter esses amigos, e a paixão platônica que quase sempre temos quando jovens. Eu considerei a ideia e a execução de “Quem é você, Alasca?” muito melhor do que A Culpa é Das Estrelas.
A estória te faz conhecer personagens fortes e engraçados. Na verdade o humor é muito bem inserido nesta história, que se torna dramática depois do “DEPOIS”. Afinal, o livro é dividido em duas partes o “ANTES” e o “Depois”. Sem dúvidas o ANTES é a melhor parte, é bem movimentada e articulada, cheias de acontecimentos interessantes e engraçados, já o Depois só é bom até certo ponto, pois acaba se tornando uma parte para “encher a salsicha”.
Eu indico o livro pra quem gosta destes romances adolescentes com o misto de comédia e drama. Mas aviso que a história não se diferencia tanto de A culpa é das estrelas no ponto filosófico e na ideia central do impacto que causa uma vida sobre outra. Achei que John fosse me impressionar, mas ele não foi inovador neste livro, mas ainda assim ele foi fantástico, afinal não é à toa que ele é tão adorado pelos seus leitores e pela mídia. A forma com que ele escreve deixa o personagem intimo do leitor em muito pouco tempo.
Aos que vão ler, desejo uma boa leitura. Até a próxima.
por Jadson L Ribeiro
DESIGN E DIAGRAMAÇÃO
CAPA: 8.7
DIAGRAMAÇÃO: 9
Achei a capa bem chatinha, sem grandes chamativo, como normalmente são as capas do John.
A diagramação é razoável, a ideia dos "dias antes" e "dias depois" parece chata, mas foi bem executada na diagramação.
Postagem feita por:
JADSON LUCAS RIBEIRO. Escritor. Poeta. Blogueiro. Aos 19 anos já publicou numa antologia de contos chamada Amores (Im)Possíveis, e também publicou livros na internet de forma independente. Seu primeiro romance é lançado em 2014 pela editora Selo Jovem. Apaixonado por Café, Livros, e Sossego.
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