J. K. Rowling publica biografia de Draco Malfoy

By Paloma Viricio - fevereiro 10, 2015

Durante os 12 dias que antecedem o Natal, J. K. Rowling prometeu aos seus fãs publicar novos contos complementares ao universo de Harry Potter. Promessa cumprida! Além da biografia de Draco Malfoy, acompanhada dos pensamentos da escritora sobre o personagem, ela também publicou dois contos – um sobre os inferi (aqueles monstros zumbis que atacam Harry e Dumbledore na caverna, durante o sexto livro) e o outro sobre A Ordem de Merlin.

O texto original, publicado no Pottermore, pode ser lido aqui (http://www.pottermore.com/en-us/book6/chapter27/moment1/draco-malfoy). Contudo, antes, é preciso resolver dois enigmas simples.
No texto, a autora se aprofunda no personagem, contando sobre a sua infância na Mansão Malfoy, sobre os seus anos na escola, sobre o infortúnio que o levou a ter que assassinar Dumbledore e sobre os seus anos posteriores à guerra.

 “ Draco Malfoy
Da história
 Nascimento: 5 de Junho
Varinha: Espinheiro branco e pelo de unicórnio, 25 centímetros, flexível.
Casa em Hogwarts: Sonserina
Parentesco: Mãe bruxa, pai bruxo.
Draco Malfoy cresceu como a única criança na Mansão Malfoy, a magnífica construção em Wiltshire que esteve na posse de sua família por muitos séculos. Desde que podia falar, ficou claro para ele que era triplamente especial: primeiro, era um bruxo, segundo, era um sangue puro e terceiro, era um membro da família Malfoy.
Draco foi criado em uma atmosfera de remorso pelo fracasso do Lorde das Trevas na tentativa de comandar o mundo bruxo, embora ele fosse prudentemente lembrado de que tal sentimento não deveria ser demonstrado fora do círculo da família e dos amigos próximos ‘ou papai poderia ter problemas’. Na infância, Draco se aproximou principalmente das crianças de sangue puro, filhas de ex-Comensais da Morte amigos de seu pai, e por isso chegou a Hogwarts com uma pequena gangue de amigos já conhecidos, incluindo Teodoro Nott e Vicente Crabbe.
Como qualquer outra criança da idade de Harry, durante sua juventude, Draco ouviu histórias sobre o Menino que Sobreviveu. Muitas teorias diferentes circularam por anos de como Harry sobreviveu ao que deveria ser um ataque letal e uma das mais persistentes teorias era a de que Harry era um bruxo das trevas. O fato dele ter sido removido da comunidade mágica pareceu (para pensadores ansiosos) sustentar essa visão e o pai de Draco, o astuto Lúcio Malfoy, foi um dos que concordou avidamente com essa teoria. Era confortante para ele, Lúcio, pensar que podia estar diante de uma segunda chance de dominação do mundo, podendo Harry provar-se outro, e grande, campeão sangue puro.
Foi, portanto, sabendo que ele não estava fazendo nada que seu pai desaprovaria, e na esperança de poder transmitir notícias interessantes em casa, que Draco ofereceu sua mão para Harry quando ele soube quem ele era no Expresso de Hogwarts. A recusa da proposta amigável de Draco e o fato de Harry já ter formado fidelidade com Ron Weasley, cuja a família é um anátema para os Malfoy, virou Malfoy contra ele de vez. Draco percebeu, corretamente, que as loucas esperanças dos ex-Comensais da Morte – de que Harry era um outro, e melhor, Voldemort – eram completamente infundadas, e sua inimizade mútua é assegurada a partir desse ponto.
Muito da conduta de Draco na escola foi modelada na pessoa mais impressionante que ele conheceu – seu pai -, e ele fielmente copiou a personalidade fria e desdenhosa de Lúcio para todos do seu círculo particular. Tendo recrutado um segundo escudeiro (Crabbe já estava na posição antes de Hogwarts) no trem para a escola, o menos fisicamente imponente Malfoy usava Crabbe e Goyle como uma combinação de escudeiro e guarda-costas em seus seis anos de vida escolar.
Os sentimentos de Draco eram sempre baseados, em grande parte, por inveja. Embora ele nunca tenha solicitado sua fama, Harry era inquestionavelmente o mais comentado e admirado na escola e naturalmente abalou o garoto que cresceu pensando que ocupava uma posição da realeza dentro da comunidade bruxa. E havia mais, Harry era o mais talentoso em voar, a habilidade que Malfoy pensou que iria ofuscar todos os outros quintanistas. O fato de que Mestre de Poções, Snape, tivesse um fraco por Malfoy e desprezasse Harry foi a única leve compensação.
Draco recorreu a muitas táticas diferentes em sua perpétua jornada para irritar Harry ou desacreditá-lo diante dos outros, incluindo, mas não se limitando, contar mentiras para a imprensa, fabricar broches insultando-o, tentar amaldiçoá-lo por trás e se disfarçar como um dos Dementadores (no qual Harry se mostrou particularmente vulnerável). No entanto, Malfoy teve seus próprios momentos de humilhação nas mãos de Harry, especialmente no  campo de quadribol e nunca se esqueceu da vergonha de ser transformado em um furão saltitante pelo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Enquanto muitas pessoas pensavam que Harry Potter, que havia testemunhado o renascimento do Lorde das Trevas, era um mentiroso, Draco Malfoy era um dos poucos que sabia que Harry estava contando a verdade. Seu próprio pai sentiu sua Marca Negra e voou para se reunir com o Lorde das Trevas, testemunhando o duelo no cemitério entre Harry e Voldemort.
As discussões dos eventos na Mansão Malfoy fizeram crescer os sentimentos conflitantes de Draco Malfoy. Por um lado, ele estava emocionado em saber o segredo do retorno de Voldemort e isso foi o que seu pai descreveu como a volta dos dias de glória da família. Por outro lado, as silenciosas discussões sobre a maneira que Harry, novamente, escapou da tentativa do Lorde das Trevas de matá-lo, causou em Draco mais pontadas de ódio e inveja. Muitos dos Comensais da Morte odiavam Harry como um obstáculo e um símbolo, ele era discutido seriamente como um adversário, enquanto Draco ainda era considerado apenas um estudante pelos Comensais da Morte que se reuniam na casa de seu pai. Embora fossem de diferentes lados no conjunto da batalha, Draco sentia inveja do status de Harry. Ele se alegrou imaginando o triunfo de Voldemort, vendo a honra de sua família sob um novo regime e via ele mesmo festejado em Hogwarts como o importante e impressionante filho do mão direita de Voldemort.
A vida escolar muda para a melhor no quinto ano de Draco. Embora seja proibido de discutir em Hogwarts o que ouviu em casa, Draco toma prazer por pequenos triunfos: ele se torna Monitor (e Harry não) e Dolores Umbridge, a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, parece detestar Harry tanto quanto ele. Ele se torna membro da Brigada Inquisitorial de Dolores Umbridge e faz disso seu negócio para descobrir onde Harry e uma turma de diferentes estudantes foram, enquanto formam e treinam, em segredo, como uma organização proibida, a Armada de Dumbledore. No entanto, em seu real momento de triunfo, quando Draco encurrala Harry e seus companheiros e quando parece que Harry será expulso por Umbridge, Harry desliza de seus dedos. E pior, Harry consegue impedir Lúcio Malfoy de tentar matá-lo, e o pai de Draco é capturado e mandado para a Azkaban.
Então, o mundo de Draco cai. Estando, como ele e seu pai acreditavam, no limite da autoridade e do prestígio como nunca haviam experimentado antes, seu pai é retirado da casa de sua família e preso, muito distante, na mais assustadora prisão bruxa, guardada por Dementadores. Lúcio vinha sendo um modelo e herói de Draco desde seu nascimento, e agora ele e sua mãe eram desprezados entre os Comensais da Morte; Lúcio foi um fracasso e estava desacreditado diante dos olhos de fúria de Lorde Voldemort.
A existência de Draco vinha sendo enclausurada e protegida até esse ponto; ele vinha sendo um garoto privilegiado com poucos problemas, assumindo seu status no mundo e sua cabeça cheia de pequenas preocupações. E agora, com seu pai longe e sua mãe perturbada e assustada, ele tem que assumir responsabilidades de homem.
O pior ainda estava por vir. Voldemort, procurando punir Lúcio Malfoy ainda mais por sua fracassada captura de Harry, ordena que Draco faça uma tarefa tão difícil que ele poderia chegar perto de falhar – e pagar com sua vida. Draco deveria assassinar Alvo Dumbledore – como Voldemort não teve dificuldade para dizer. Draco deveria ser deixado para tomar a iniciativa e Narcisa adivinhou, corretamente, que seu filho estava destinado a falhar diante de um bruxo sem piedade e que não toleraria fracasso.
Furioso com o mundo que parecia de repente ligá-lo a seu pai, Draco aceita total associação aos Comensais da Morte e concorda em executar o assassinato ordenado por Voldemort. Nesse estágio, cheio de desejo por vingança e vontade de resgatar a benevolência de Voldemort para seu pai, Draco mal compreende o que foi ordenado a fazer. Tudo o que sabia era que Dumbledore representava tudo o que seu encarcerado pai não gostava. Draco consegue facilmente se convencer de que ele também pensa que o mundo seria melhor sem o Diretor de Hogwarts, em torno do qual a oposição contra Voldemort sempre se mobilizou.
Escravo da ideia de ser um real Comensal da Morte, Draco parte para Hogwarts com um grande senso de propósito. Gradualmente, no entanto, ele descobre que sua tarefa é muito mais difícil do que havia imaginado e depois de quase matar duas pessoas no lugar de Dumbledore, a coragem de Draco começa a falhar. Com o perigo de prejudicar sua família e a si mesmo pairando sobre ele, começa a perder o controle diante da pressão. As ideias que Draco tem sobre si mesmo, e o mundo onde vive, vão se desintegrando. Toda sua vida ele idolatrou um pai que defendia a violência e não tinha medo de usá-la e quando descobre-se um filho com aversão a assassinatos, ele sente isso como um vergonhoso fracasso. Ainda assim, ele não pode se livrar de seu condicionamento: ele repetidamente recusa a ajuda de Severo Snape, pois tem medo de Snape tentar o roubar sua ‘glória’.
Voldemort e Snape subestimam Draco. Ele se prova experiente em Oclumência (a arte mágica de repelir as tentativas de lerem sua mente), que é essencial para o plano secreto que tem que executar. Depois de duas condenadas tentativas contra a vida de Dumbledore, Draco sucede em seu engenhoso plano de introduzir todo o grupo de Comensais da Morte em Hogwarts, o que resulta em Dumbledore, de fato, morto – mas não pelas mãos de Draco.
Mesmo quando confronta um fraco e desarmado Dumbledore, Draco se sente incapaz de executar o golpe de misericórdia, pois contra sua vontade ele é tocado pela bondade e piedade de Dumbledore, Snape subsequentemente dá cobertura para Draco, mentindo para Voldemort sobre Draco ter abaixado sua varinha antes dele ter chegado ao topo da Torre de Astronomia; Snape enfatiza a habilidade de Draco ao introduzir os Comensais da Morte na escola e encurralar Dumbledore para ele, Snape, matá-lo.
Quando Lúcio é liberado de Azkaban um tempo depois, sua família tem permissão para voltar à Mansão Malfoy e viver suas vidas. Porém, eles estão totalmente desacreditados. Com sonhos de um alto status sob o regime de Voldemort, os Malfoy encontram-se na menor classificação entre os Comensais da Morte; fracos e fracassados, a quem Voldemort doravante era sarcástico e insolente.
A mudada, mas ainda conflituosa, personalidade de Draco se revela em suas ações durante a guerra entre Voldemort e aqueles que estão tentando impedi-lo.  Contudo, Draco não se livra da esperança do retorno de sua família à sua antiga e alta posição, seu inconveniente despertar de consciência o leva a tentar – meio irresoluto, talvez,  mas sem dúvida como melhor podia diante das circunstâncias – salvar Harry de Voldemort, quando o primeiro é capturado e preso na Mansão Malfoy. Durante a batalha de Hogwats, no entanto, Malfoy ainda tenta outra vez capturar Harry e assim recuperar o prestígio de seus pais e possivelmente suas vidas. Se ele poderia ceder ao entregar Harry, é um ponto discutível; eu suspeito que, assim como sua tentativa de assassinar Dumbledore, ele poderia novamente descobrir que levar alguém para a morte é muito mais difícil na prática do que na teoria.
Draco sobrevive ao ataque de Voldermort em Hogwats, pois Harry e Rony salvam sua vida. Depois da batalha, seu pai escapa da prisão por fornecer informações contra seus companheiros Comensais da Morte, ajudando na captura de muitos seguidores de Lorde Voldemort que fugiram para se esconder.
Os últimos eventos da vida adolescente de Draco mudam sua vida completamente. Ele tinha tido as convicções com as quais ele cresceu desafiadas do modo mais assustador: ele presenciou terror e medo, viu seus pais sofrerem por sua fidelidade e testemunhou o desmoronamento de tudo que sua família acreditava. Pessoas por quem Draco havia sido criado, ou até mesmo ensinado a odiar, como Dumbledore, ofereceram-no ajuda e bondade, e Harry Potter deu a ele sua vida. Após os eventos da Segunda Guerra Bruxa, Lúcio encontrou seu filho afetuoso como nunca, mas se recusando a seguir a mesma linha antiga de sangues puros.
Draco casou-se com a irmã mais nova de uma amiga da Sonserina. Astoria Greengrass, que sofreu uma parecida (porém menos violenta e assustadora) conversão sobre ideias de sangue puro para uma visão mais tolerante, foi considerada por Narcisa e Lúcio como alguém decepcionante para uma nora. Eles tiveram grandes esperanças de uma garota cujo a família constasse no ‘Sagrado Vinte e Oito’, mas Astoria se recusou a ensinar seu filho Scorpion de que trouxas eram uma escória, os encontros de família eram geralmente cheios de tensão.
Pensamentos de J.K. Rowling
Quando a série começa, Draco é, em quase todos os sentidos, o típico valentão. Com uma crença cega de seu próprio status superior que ele absorveu de seus pais sangue puro, ele inicialmente oferece sua amizade para Harry no pressuposto de que a oferta só precisa ser feita para ser aceita. A riqueza de sua família contrasta com a pobreza dos Weasley; isso também é uma fonte de orgulho para Draco, embora as credenciais de sangue dos Weasley sejam idênticos ao seu.
Todos reconhecem Draco, pois todos já conheceram alguém como ele. Tais crenças das pessoas em sua própria superioridade pode ser irritante, ridícula e intimidadora, dependendo das circunstâncias que se encontram com eles. Draco consegue provocar todos esses sentimentos em Harry, Rony e Hermione em um momento ou outro.
Meu editor britânico questionou o fato de Draco ser tão talentoso em Oclumência, que Harry (em toda sua habilidade em produzir um Patrono tão jovem) não tinha dominado. Argumentei que era perfeitamente consistente com o personagem de Draco, já que ele iria achar mais fácil desligar-se de suas emoções, compartimentar e negar partes essenciais de si mesmo. Dumbledore diz para Harry, no final de Ordem da Fênix, que é uma parte essencial de sua humanidade ele poder sentir tanta dor; com Draco, eu só estava tentando mostrar que a negação da dor e supressão do conflito interno só pode levar a uma pessoa machucada (que é muito mais propensa a provocar danos a outras pessoas).
Draco nunca percebe que ele se torna, durante boa parte de um ano, o verdadeiro dono da Varinha das Varinhas. Por isso ele percebe, em parte porque o Senhor das Trevas é hábil em Legilimência e teria matado Draco em um piscar de olhos se tivesse ideia da verdade, mas também pois, apesar de sua consciência latente, Draco permanece preso a todas as tentações que foi ensinado a amar – como a violência e o poder.
Tenho pena de Draco assim como sinto muita pena por Duda. Ser criado tanto pelos Malfoy quanto pelos Dursleys seria uma experiência muito prejudicial, e Draco passa por provações terríveis como um resultado direto dos princípios equivocados de sua família. No entanto, os Malfoy têm uma graça salvadora: eles se amam. Draco é bastante motivado tanto pelo medo de algo acontecer com seus pais tanto como para si mesmo, enquanto Narcisa arrisca tudo quando ela mente para Voldemort no final de Relíquias da Morte e lhe diz que Harry está morto, apenas para que ela possa chegar a seu filho.
Por isso tudo, Draco continua a ser uma pessoa de moral duvidosa nos sete livros publicados, e por muitas vezes tive razão para ficar nervosa pelo número de meninas que se derreteram por esse personagem em particular (embora eu não descarte o apelo de Tom Felton, que interpreta Draco brilhantemente nos filmes e, ironicamente, é a pessoa mais legal que você poderia encontrar). Draco tem todo um glamour sombrio do anti-herói; as meninas são muito aptas a romantizar essas pessoas. Tudo isso me deixou em uma posição nada invejável de despejar o frio bom senso nos devaneios fervorosos dos leitores, dizendo a eles, bastante severamente, que Draco não estava escondendo um coração de ouro sob todo aquele sarcasmo e preconceito e que, não, ele e Harry não estavam destinados a se tornar melhores amigos.
Imagino que Draco cresceu para seguir uma versão modificada da existência de seu pai; rico e independente, sem qualquer necessidade de trabalhar, Draco habita a Mansão Malfoy com a esposa e o filho. Eu vejo seus hobbies como mais uma confirmação de sua natureza dupla. A coleção de artefatos das trevas remete à história da família, mesmo que ele os mantenha em caixas de vidro para não usá-los. No entanto, seu estranho interesse por manuscritos de alquimia, a partir dos quais ele nunca tenta fazer uma Pedra Filosofal, aponta para o desejo de algo diferente que a riqueza, e talvez até mesmo o desejo de ser um homem melhor. Tenho grandes esperanças de que ele vá criar Escórpio para ser um Malfoy muito mais amável e muito mais tolerante do que ele era em sua própria juventude.
Draco teve muitos sobrenomes antes de eu escolher ‘Malfoy’. Por várias vezes, nos primeiros rascunhos ele é Smart, Spinks ou Spungen. Seu nome de batismo vem da constelação – o dragão – e ainda sim sua varinha tem o núcleo de pelo de unicórnio.
Isso foi simbólico. Há, afinal – e correndo o risco de reacender fantasias nada saudáveis – algo bom, ainda não extinto, no coração de Draco.”
 Os pensamentos de J.K. Rowling estão gerando polêmica na internet, devido à forma como ela trata os fãs de Draco. Sobre isto, você pode ler minha opinião aqui (link da postagem).
Postagem feita por:

Isabelle, pseudo-escritora, sonhadora, tento fazer poesia, mas acabo aglutinando demais minhas palavras e tudo vira prosa com toque de melancolia. Deixe-me, que ainda estou aprendendo o ofício. Tenho 18 anos vividos como um sopro e aquela sensação ruim de que tudo está acontecendo rápido demais. Fora isso, gosto de música, de livros, de filmes e de todos os clichês de sempre.


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Encontre  Monólogo de Julieta  também no:

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