Black, Holly. A menina mais fria de Coldtown / Holly Black.- 1.ed.- Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2014.
No mundo de Tana existem cidades rodeadas por muros são as Coldtowns. Nelas, monstros que vivem no isolamento e seres humanos ocupam o mesmo espaço, em um decadente e sangrento embate entre predadores e presas. Depois que você ultrapassa os portões de uma Coldtown, nunca mais consegue sair. Em uma manhã, depois de uma festa banal, Tana acorda rodeada por cadáveres. Os outros sobreviventes do massacre são o seu insuportavelmente doce ex-namorado que foi infectado e que, portanto, representa uma ameaça e um rapaz misterioso que carrega um segredo terrível. Atormentada e determinada, Tana entra em uma corrida contra o relógio para salvar o seu pequeno grupo com o único recurso que ela conhece: atravessando o coração perverso e luxuoso da própria Coldtown. A Menina Mais Fria de Coldtown, da aclamada Holly Black, é uma história única sobre fúria e vingança, culpa e horror, amor e ódio.
Ficha Técnica
Autores: HOLLY BLACKTítulo: A Menina Mais Fria de Coldtown
ISBN: 9788581634036
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2014
Edição: 1
Número de páginas: 384
Formato/Acabamento: 16x23x2,5
Peso: 0.53 kg
Preço Sugerido: R$ 34.90
Área Principal: FICÇÃO
Assuntos: FANTASIA
Notas
Capa: 09/10
Conteúdo:08/10
Diagramação: 10/10
Conceito Geral:90/100
Mais fria que o gelo
Por Paloma Viricio
Visão Geral
“Os
vampiros sempre foram mais bonitos do que os vivos. A pele sem marca alguma,
lisa como mármore, sem poros. Quanto mais velhos ficavam, mais brilhantes se
tornavam os anormais olhos vermelho como papoulas, e os cabelos ficavam
lustrosos como seda. Era como se qualquer que fosse o demônio que os possuísse,
qualquer que fosse a força que mantinha seus cadáveres longe do túmulo, isso os
tivesse refinado na resplandecência de seu poder, eliminando com fogo a
humanidade deles para revelar algo melhor”, p.101. Tana vê seu mundo ser
banhado por muito sangue e selvageria. Ela chegou a desejar a calmaria de
outrora, almejou, mas não pôde ter. Não depois que o vírus se espalhou e virou
algo mil vezes pior do que alguém poderia ter imaginado. As trevas engoliram a
luz sem um pingo de piedade.
Tana
só queria aproveitar um final de semana comum entre jovens. Quis voltar para
sua casa e viver uma vida calma, cursar a faculdade, sair com amigas e
aproveitar a tentadora luz do sol. Seus sonhos se transformaram em pó. Ela
acordou, desligou o subconsciente e não acreditou no que suas retinas
avistaram. Sangue e mais sangue. Um cheiro adocicado e putrefato. Morte. Um
jovem e atraente rapaz... com olhos vermelhos e presas. Tana não queria
acreditar, mas no fundo ela sabia que o verdadeiro pesadelo havia apenas
começado. “Ele a beijava com ferocidade, selvageria, os lábios dos dois
deslizando juntos com um fervor contundente. A dor em sua língua tornou-se um
latejar distante. Seus dedos afundavam-se nos músculos das costas dele, os
corpos pressionados tão juntos que ele deve ter sentido todos os saltos na
respiração dela, todas as batidas estremecidas de seu coração”, p.150.
A menina mais fria de Coldtown é o segundo livro que leio de Holly Black. (O
primeiro foi Boneca de Ossos). Posso dizer que sou apaixonada por essa mulher?
Ela escreve esplendorosamente bem! Quando começo ler uma obra de Black não
quero parar. Ela me faz embarcar no universo do livro literalmente. É como se
estivesse curtindo o barato de uma Montanha Russa e desejasse congelar cada
instante. "Beber o sangue de alguém não é nada parecido com ter o sangue
extraído da gente. Beber sangue é como uma explosão de pétalas de rosas, é como
mel e leite e todas as coisas cálidas no mundo. É como se a gente estivesse
bebendo luz pura”, p.242. E o que dizer desse livro? Comecei a leitura, logo
nas primeiras linhas fui fisgada e em nenhum momento consegui romper essa
conectividade que criei com a história, personagens e todo o cenário.
Não
sabia o que esperar de um livro de vampiros. Sempre gostei dessas criaturas, vi
filmes, mas nunca havia efetivamente lido algo sobre. A experiência foi muito
boa, inclusive superou minhas expectativas. Sangue, muito sangue, terror, um cenário sombrio e espetacular. Para quem
gosta de obras do gênero, ama ter o estômago revirado e a mente cutucada, esse
livro é perfeito. Quase favoritei. Só não o fiz porque o final me decepcionou.
Não que foi horrível, mas porque foi vago. Necessitava de algo concreto,
necessitava de mais.
Não
sei se o livro tem continuação, mas adoraria que sim porque Holly Back deixou a
porta da minha imaginação aberta para isso. Os vampiros... bom eles são maus!
São sanguinários ao extremo e não possuem piedade, pois o coração transforma-se
em algo gélido. E por isso você pensa que deixei de me apaixonar? Não mesmo!
Foi ai que gostei ainda mais. Amo os vilões também porque ninguém é 100%
bondade. Quando leio algo que o personagem é o Sr.Santinho, acabo ficando
estressada e de saco cheio da trama. Então, nem preciso repetir que amei A menina mais fria de Coldtown, né? Livro mais do que indicado! “Botões prateados
percorriam a frente do casaco e desciam pelos punhos. Os sapatos eram pontudos.
Ele parecia sem idade, antigo e jovem ao mesmo tempo. A pele estava pálida, mas
a boca tinha um tom quase vulgar de vermelho. Ele estava belo como o diabo
poderia ter sido, logo antes da queda”, p.291.
Design e diagramação
A
capa é muito bonita, mas pelo lado sombrio da trama poderia ter sido um pouco
mais “sangrenta”. Enfim...mas é a mesma capa do livro lançado lá fora. O miolo
é em papel polen. Letras não são muito grandes, mas o espaçamento é bem
agradável e não cansa a visão. As páginas têm respingos que se fossem coloridos
tenho certeza que seriam vermelhos com o sangue.
Sobre a autora
Holly
Black é uma escritora norte-americana que mora em West Long Beach, New Jersey.
Ela ficou mundialmente famosa após escrever a série de livros As Crônicas de
Spiderwick. Holly Black é uma grande colecionadora de livros raros de folclore.
Em seus primeiros anos de vida ela morou em uma mansão abandonada em estilo
vitoriano com sua mãe, que contava a ela várias estórias de fantasmas e
fadas.Seu primeiro livro, Tithe: A Modern Faerie Tale, foi muito bem recebido
pela crítica e foi publicado no outono de 2002. Fonte: Skoob.
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