O Bosque de Cerejeiras - Um guerreiro manchará sua honra com sangue inocente, mas o destino é implacável, e os demônios do passado voltaram para assombrá-lo e cobrar os seus pecados.
Ficha Técnica
ISBN: B00VEWUNRS
Ano:2015
Páginas: 14
Idioma: português
Editora: Independente
Notas
Capa: 10/10
Conteúdo: 03/10
Diagramação: 10/10
Nota geral: 50/100
O bosque sombrio
Por Paloma Viricio
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Visão Geral
"A mulher se debatia atormentada
pela dor insuportável dos ferimentos e do membro amputado. O samurai a encarava
sorridente, com aquele semblante insano e familiar. Ele gostava daquilo, ter a
vida alheia por um fio, estar no controle, manipulá-la". Fiquei
muito ansiosa ao receber o e-mail do autor Washington Albuquerque
disponibilizando o mais recente conto que ele havia escrito... O Bosque das Cerejeiras.
Imediatamente abri o arquivo e me encantei com a rica descrição do autor. Muito
me agrada tramas como essa, onde a descrição é tão perfeita que vemos a estória
passar em nossa imaginação como um filme. Esse conto me chamou atenção
principalmente por causa do título o que me fez lê-lo no mesmo instante
em que o recebi. E um ponto que achei genial foi o autor ter me prendido
logo no primeiro parágrafo. Raramente isso acontece... e não estou em uma fase
que aturar leitura lenta seja opção.
Agora não se engane pela capa
harmoniosa ou o título encantador. Esse conto eu classificaria mais como gênero
horror do que Fantasia. A trama mostra um cenário de guerra onde não existe
nenhum tipo de piedade. E você esbarra em atitudes do Samurai que causam
asco. Com isso fiquei extremamente feliz porque tenho certeza que foi
exatamente o que o autor desejou passar. No próprio e-mail ele comentou
que O Bosque das Cerejeiras seria uma leitura bem dinâmica e fácil. O
que concordo em número, gênero e grau. Tanto que li o conto de forma bem
rápida, absorvendo todo o conteúdo sem nenhuma dificuldade.
Só que nem tudo é belo como flores de cerejeira.
Está certo que o conto é sobre “fantasia”, mas algumas cenas eram completamente
irreais. Parecia que estava jogando Mortal Kombat e via os personagens
apanhando e se mutilando sem morrer. E ainda tendo força para lutas
impressionantes. Pelo amor de DEUS! Eles eram seres irreais? Dragon Ball Z? Se
você se incomoda com violência explícita, esse conto não se encaixará no seu
gosto literário. Acho que o autor poderia ter sido mais sutil ao descrever os
ferimentos e golpes lançados entre um personagem e outro. Visivelmente notamos
o sobrenatural em uma das criaturas. Mas e na outra? Como ele mesmo diz em uma
parte do texto "pobre moribundo que merecia o mais ardente canto do
inferno". Visto que o samurai não passava de um vulgar assassino, de carne
e osso, não veria como um ser humano normal sobreviveria ao passar por muitas
das cenas e ainda procurar garra para lutar horrores. Mesmo sendo um soldado
que provavelmente tinha forte habilidade com a Katana e experiência em
exterminar o adversário. Não estou sendo cruel, essa é uma crítica
construtiva, mas com tantos litros de sangue que jorraram de um e outro...
quase fiquei com anemia.
Notei alguns errinhos, seria bom se o
autor fizesse uma nova revisão no texto. Gostei de como o Albuquerque enxerga a
vingança. Concordo que uma pessoa quando tem o objetivo de concluí-la é capaz
de mover céu e terra. Qualquer um movido por ela se transforma em uma espécie
de demônio. Inclusive achei perfeito o oferecimento da obra. O autor
escreveu o seguinte: "Para minha mãe, que sempre tentou me ensinar a
perdoar...Mas a vingança é sempre mais poética". Acredito que ele como todos
que saborearam o sabor desse sentimento se identificaram de alguma forma com
uma das personagens.O conto é bom, gostei, mas digo que em
partes me decepcionou demasiadamente porque o enredo é bastante previsível.
"As cerejeiras se agitavam com o vento que de leve tocava
a face de suas folhas delicadas. O bosque exibia apenas suas cores
deslumbrantes, pois um silêncio breve pairava novamente sobre a região. Não era
um silêncio comum, era mais doce, mais sereno. Era o silêncio da morte, da sua
passagem, era o silêncio da vingança, da satisfação, era o silêncio da dor, da
tristeza... Era o silêncio do bosque das cerejeiras".
Sobre o autor
Washington Albuquerque, geminiano
bipolar e hiperativo de 92 e Curitibano apaixonado pela arte e pelas pequenas
coisas. Caminha ao lado da literatura, cinema, música e artes visuais desde
cedo e como autodidata. Apesar do carinho maior pela pintura, a literatura tem
dominado cada vez mais a sua vida. Estudante de Publicidade e
Propaganda, trabalha como freelancer de Social Media da Editora InVerso.
Trabalho também com tatuagem (dermopigmentação). Fonte: Site Oficial do autor.
O trabalho O bosque sombrio de Paloma Viricio foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil.
Obs.: Todos os textos produzidos neste blog são da minha autoria e estão registrados. Se utilizá-los, por favor lembre-se dos créditos.
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