Resenha- Apenas Um dia- Gayle Forman

By Paloma Viricio - julho 13, 2015

Forman, Gayle. Apenas um dia/ Gayle Forman; tradução Ana Paula Doherty. – 1.ed.-Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2014.
A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo é tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida.Apenas um Dia fala de amor,  mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro... Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos.
Classificação:

Ficha Técnica
Autores: GAYLE FORMAN
Título: Apenas Um Dia
ISBN: 9788581634500
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2014
Edição: 1
Número de páginas: 384
Formato/Acabamento: 16x23x2,4
Peso: 0.54 kg
Preço Sugerido: R$ 34.90
Área Principal: FICÇÃO
Assuntos: ROMANCE
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Notas
Capa: 10/10
Conteúdo: 8,5/10
Diagramação: 10/10
Nota geral: 85/100


Momento de afeição
Por Paloma Viricio
Visão Geral

Isso é absoluta loucura. Nem o conheço. Eu poderia ser pega. E quanto de Paris se pode ver em apenas um dia? Poderia sair desastrosamente errado de tantas maneiras. Tudo verdade. Mas nada muda o fato de eu querer ir”, p.36. Quando os ventos tempestuosos impediam Allyson de seguir o caminho da liberdade, Willem apareceu dissipando as nuvens escuras. Ela se sentiu tão leve, solta, como um pássaro liberto dos cuidados da mãe. Ela não pode evitar... havia chegado o momento de levantar voo.

Allyson é uma jovem insegura que tenta se descobrir a cada tique taque do relógio. “Se o tempo pode ser fluido, então talvez algo que seja apenas um dia possa continuar para sempre”, p.107. Comandada pelos caprichos da mãe rigorosa, possui uma vida cronometrada bastante tediosa. Tudo deve ser cumprido seguindo os mínimos detalhes impostos pela matriarca. Até que em uma viagem pesarosa de estudo ela conhece, ao acaso, Willem. Um jovem atraente que faz o mundo de Allyson flutuar. Sem pensar duas vezes, a menina embarca com o misterioso rapaz rumo á Paris. Em apenas um dia, a vida deles passa por mudanças significativas que nunca poderiam imaginar.

Parte de mim sabe que mais um dia não servirá para nada além de postergar o coração partido. Mas outra parte de mim pensa diferente. Nascemos em um dia. Morremos em um dia. Podemos mudar em um dia. E podemos nos apaixonar em um dia. Qualquer coisa pode acontecer em apenas um dia”, p.135. Depois de terminar Pra onde ela foi estava curiosa para conhecer outra obra de Gayle. Quando soube do lançamento de Apenas um dia me animei. A escrita da autora é maravilhosa. Embala o leitor de determinada maneira que é difícil não gostar de alguma obra dela (pelo menos as que eu li). Os personagens são tão bem construídos. Gostei de ver algo totalmente diferente dos livros anteriores no quesito construção de pessoas. É que tem autores que “repetem” as maninas e gostos de um personagem para outro. Gayle não decepcionou nessa parte. Allyson e Willem são eles mesmos com características, problemas e personalidades próprias. A trama é tão encantadora...

Mesmo assim, aquele dia inteiro, estar com Willem, ser Lulu, me fez perceber que toda a minha vida eu estive num quartinho, sem janelas nem porta. E eu estava bem. Até feliz. Eu pensei que estivesse. Então alguém apareceu e me mostrou que havia uma porta no quarto. Uma porta que eu nunca vira antes. E ele a abriu para mim”, p. 183. Entretanto, notei a primeira parte um pouco lenta. Apesar de histórias diferentes senti a mesma forma “parada” na escrita como em Se eu ficar. Depois da página 100 melhora muito, mas há uma recaída no desenrolar da trama lá para página 160. Esse alto e baixo me deixou em uma roda gigante. Incomodou. É inegável a mudança de Allyson antes e depois de Willem. Interessante como o amor pode transformar pessoas para o bem ou para mal. A mãe controladora de Allyson é um saco (Sorry, mas preciso ser sincera). Não sei como ela conseguiu suportar aquela mulher por tanto tempo. Toda vez que ela entrava em cena me dava muita raiva. Insuportável.

No conceito geral, Apenas um dia, é um livro gostoso de ler, bem estruturado, com sacadas interessantes.“Ele olha para mim  e, por meio segundo, a máscara cai de novo.  Mas, na mesma hora, está de volta no lugar. Não tem problema. Ela caiu, e eu vi.  E compreendo. Willem está sozinho, assim como eu estou sozinha. E  agora esta dor , que não consigo distinguir como sendo minha ou dele, se abriu dentro de mim”, p.99.

Design e diagramação
A capa é simples, mas muito fofa. Passa vários detalhes sobre a trama que o leitor só descobre quando vai lendo. O miolo é impresso em papel pólen. As letras e espaçamentos apresentam-se em tamanhos confortáveis para a visão.

Sobre a autora
Forman começou sua carreira escrevendo para a revista Seventeen em que a maioria de seus artigos, centrada nos jovens e preocupações sociais. Mais tarde ela se tornou uma jornalista freelance para publicações como a revista Details, Jane Magazine, Glamour Magazine, The Nation, Elle Magazine e Cosmopolitan Magazine. Em 2002, ela e seu marido Nick fizeram uma viagem ao redor do mundo. De suas viagens, ela acumulou uma riqueza de experiências e de informações que mais tarde serviu como base para seu primeiro livro, um diário de viagem que você não pode começar lá a partir daqui: um ano na margem de uma Shrinking World. Em 2007 ela publicou seu primeiro romance para jovens adultos, intitulado de Sisters In Sanity onde ela se baseia em um artigo que tinha escrito para a revista Seventeen. Seu mais recente romance If I Stay (Se eu ficar), fez Forman levar vários prêmios, entre eles o Indie Choice Award de 2010. Fonte: Skoob.

Resenha Livro Sucessor:

Confira resenha de outros livros da autora:
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