Harstad,Johan.172 horas na lua/ Johan Harstad;tradução Camila Fernandes.-Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2015.O ano é 2018. Quase cinco décadas desde que o homem pisou na Lua pela primeira vez.Três adolescentes comuns vencem um sorteio mundial promovido pela NASA. Eles vão passar uma semana na base lunar DARLAH 2 - um lugar que, até então, só era conhecido pelos altos funcionários do governo americano. Mia, Midore e Antoine se consideram os jovens mais sortudos do mundo. Mal sabem eles que a NASA tinha motivos para não ter enviando mais ninguém à Lua. Eventos inexplicáveis e experiências fora do comum começam a acontecer... Prepara-se para a contagem regressiva.
Ficha Técnica
Autores: JOHAN HARSTAD
Título: 172 Horas na Lua
ISBN: 9788581637099
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2015
Edição: 1
Número de páginas: 288
Formato/Acabamento: 16x23x1,9 cm
Peso: 0.40 kg
Preço Sugerido: R$ 34.90
Área Principal: FICÇÃO
Assuntos: SUSPENSE
Comprar livro 172 horas na lua- Johan Harstad
Notas
Capa: 08/10
Conteúdo: 03/10
Diagramação: 10/10
Conceito Geral: 55/100
Perigo na lua
Por Paloma Viricio
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Por Paloma Viricio
Visão Geral
“Ela,
Midori e Antonie treinavam com a tripulação o tempo todo. Repassaram as
manobras centenas de vezes, estudaram intensamente para memorizar todos os
detalhes e praticaram em simuladores. Ela treinava com os outros em uma piscina
enorme para simular como seria caminhar na lua. Forçara-se a ler os três
manuais de cabo a rabo duas vezes. Estava pronta para ir. Agora, só restava a
espera. E o medo”, p.112. A lua... Verdadeira inspiração dos apaixonados. A
certeza de que não estamos sozinhos no universo... o mistério. Antonie, Mia e
Midori nunca poderiam imaginar o que o destino os reservava quando partiram para o espaço.
A
NASA cria um projeto instigante, inovador e que poderia trazer diversos
benefícios em pesquisas para a humanidade. O ano é 2018 e três adolescentes são
sorteados para passarem 172 horas na lua, habitando a base Darlah 2. Regados
pela felicidade da família e nação não imaginavam o perigo que passariam a
correr. A Terra seria o melhor lugar do universo, nunca sentiriam tanta saudade
de casa. “(...) se não quisesse rodar o mundo como parte de alguma campanha
publicitária da NASA, então recusaria.
Estava decidida. E ela sabia que era capaz disso. Pois passara uma noite
na cidade de Nova York e isso lhe ensinara algo importante: era ela quem
decidia o próprio caminho”, p.96.
172 horas na lua foi um pedregulho no meu sapato. Terminei o livro com uma sensação
enorme de vazio e raiva do autor. Tudo que conseguia pensar era: “Como assim?
Somente isso?” Estava com altas expectativas porque adoro o universo e questões
que envolvam o mesmo, mas o mínimo que fiquei foi decepcionada. “No minuto
seguinte, ela estava com os pés plantados na poeira cinza. A primeira coisa que
percebeu foi o silêncio. Um silêncio morto, avassalador, como se o único som
restante no espaço fosse o de sua própria respiração abafada. Isso lhe deu a
sensação de ter saído do universo em si”, p.131.
Não
posso negar que a escrita de Harstad é boa. No sentido que consegue descrever as cenas muito bem, tornando a
trama visualmente fácil para o leitor imaginar. Fora isso, minha
sinceridade pode ser cruel, porque não vi nenhum outro ponto positivo. Os
personagens são meio bobos, sem nenhum grande objetivo a ser alcançado. As
coisas só começam a esquentar lá para a página 150 e não chegam a pegar fogo. O
autor perde um tempo colossal mostrando detalhes da vida de cada um dos
adolescentes, também dos astronautas, sem nenhum encaixe com o final do livro. Além
disso, há muitas pontas soltas que
continuam sem explicação, que não servem para nada, como um monte de lixo
espacial. “Tateou em pânico pelo caminho. A escuridão envolvia tudo, mas a
sensação de que não estava sozinha a impedia velozmente pelo corredor. Para se
orientar, passava a mão direita pela parede lateral enquanto corria. Tinha
certeza de que as paredes estavam se
estreitando a cada passo”, p.261.
A
explicação sobre a tal causa do mistério na lua foi ridícula. Fraca. No mínimo
estranha e difícil de engolir. Me irritou alguns pontos repetitivos. Os
astronautas formavam sempre a imagem de heróis. Ah...vou morrer na missão e tudo
está ótimo. Uma ova! Quem não fica desesperado sabendo que a asfixia está perto
de acontecer? Em outros trechos as personagens viviam exclamando coisas como:
“Vamos sair daqui”... “Nós temos que sair daqui agora mesmo” E o que elas faziam
depois? Iam tomar um café na cozinha. Sentar e escutar histórias da carochinha
e etc. Totalmente se noção!!!! Parecia até aquelas cenas idiotas de filme de
terror. Fiquei com um ódio dessa budega!
Não quero nem ver esse livro na minha frente!
Design e diagramação
A
capa do livro é normal. Não tem nada de chamativo, chega a ser estranho aquela pálpebra sem o globo ocular (risos), mas acredito que essa era a intenção. O
miolo foi impresso em papel pólen. As letras e espaçamento são agradáveis para
a visão. O que achei muito interessante nesse livro são as imagens que
encontramos durante a leitura. Essa parte não tenho muito o que reclamar,
digamos que é razoável.
Sobre o autor
Johan
Harstad ganhou, em 2008, com 172 horas na Lua, o prêmio Norwegian Brage na
categoria Youg Adult. Ele também escreveu contos e diversos romances para
adultos, incluindo Buzz Aldrin, What Happened to You in All the Confusion?,
melhor obra de ficção do Kirkus Reviews em 2011, publicado em 13 países.
Considerado um dos mais importantes autores escandinavos do nosso tempo, Johan
vive em Oslo, na Noruega.Fonte: Editora Novo Conceito.
O trabalho Perigo na lua de Paloma Viricio foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil.
Obs.: Todos os textos produzidos neste blog são da minha autoria e estão registrados. Se utilizá-los, por favor lembre-se dos créditos.
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