Autora carioca de 26 anos aborda temas da nossa vida atual através de 100 sonetos! Estilo poético foi criado no século XIII e disseminou-se no Brasil por meio de nomes como Vinícius de Moraes e Olavo Bilac. "Cem nós entre nós" é o segundo livro da escritora Dhebora Hevelin, que traz 100 sonetos inspirados em diversos tópicos básicos na vida de qualquer pessoa. Temas comuns do dia a dia, como: amor, amizade, natureza, saudade, tempo, solidão, perdão, família, autoconhecimento, etc. Reflexões que, muitas vezes, parecem tão simplórias, neste livro revelam seu amplo valor.

Os sonetos surgiram como uma espécie de canção ou de letra escrita para música e sua difusão deu-se através dos italianos. O número de linhas e a disposição das rimas permaneceu variável até que um poeta toscano tornou-se o primeiro a adotar e aderir definitivamente àquilo que seria reconhecido como a melhor forma de expressão de uma emoção isolada, pensamento ou ideia: O famoso soneto de quatro estrofes, sendo dois quartetos (quatro versos cada um) e dois tercetos (três versos cada um). O amor era o tema principal das poesias escritas nesta estrutura e foi imortalizado pelo poeta português Luís de Camões. Desde o século XVI, o soneto adquiriu importância ao redor do mundo, tornando-se a melhor representação da poesia lírica.

"A ideia é fazer uma releitura desse estilo de poesia, utilizando termos mais acessíveis e tratando de situações e assuntos com os quais todos possam identificar-se. Acredito que seja possível apreciarmos a literatura sem abrir mão do tradicional e dar espaço a novos estilos sem desfazer-se de sua essência original. É algo praticamente inédito, pois sonetos sempre foram usados especificamente para fazer declarações de amor e (sem intenção alguma de desconstruir isso) pensei em trazer também outros propósitos. Assim, até quem não gosta de ler ou que costuma dizer que poesia é chato (risos) vai se interessar e vai extrair algo de positivo para si. Sempre levantei a bandeira da poesia e acho que ela não pode cair em desuso ou ser considerada algo ultrapassado. Afinal, a poesia está em tudo! E assim como nos transformamos conforme cada época e situação, podemos adequar o nosso modo de interpretá-las de acordo com nossas visões e opiniões”, explica a autora.   

"Em relação ao jogo de palavras no título do livro, trata-se dessa mesma questão de brincar com o sentido das coisas. 'Cem nós entre nós' nos leva a pensar não só sobre nós mesmos, mas também ao mundo a nossa volta, a tudo que nos liga a ele e ao nosso modo de interagir com as pessoas. É uma representação do que significa, de fato, a nossa vida: um verdadeiro jogo de interpretações!", explica a autora. Fonte: Assessoria da autora.