Marcelo é um adolescente expert em computação, mas sua família vive em grandes dificuldades financeiras e, para piorar, ele ainda sofre bullying na escola onde estuda, passando quase todo o seu tempo fantasiando com uma vida melhor. Tudo começa a mudar quando o rapaz descobre que uma empresa de games chamada 'Assertiva' está para lançar um game de interatividade absoluta - ou seja, através de um equipamento (a câmara de interação) o jogo é inserido na mente do jogador, o que lhe traz sensações físicas de estar dentro do jogo, como suor, dor e cansaço. Tentando fugir de sua vida e de si mesmo, sorrateiramente Marcelo altera a programação da máquina, pede um teste e se "tranca" no mundo da fantasia. Apenas Fábio, seu pai, é quem poderá salvá-lo e ele será desafiado em seus próprios limites na missão de resgatar Marcelo do mundo da fantasia e trazê-lo de volta à realidade. Porém, Fábio precisará superar muitas barreiras emocionais e preconceitos desde que abandonou a família. 'Interator: quando game e realidade se confundem' é um livro emocionante que reúne problemas contemporâneas do uso de tecnologias com as antigas e complexas interações familiares.
Ficha Técnica
ISBN-10: 8556620116
Ano: 2016
Páginas: 444
Idioma: português
Editora: Jaguatirica
Estudar em uma escola cara quando não
se tem poder aquisitivo para isso, pode custar muito para alguém. Marcelo é um
garoto de 16 anos que estuda em uma excelente e caríssima escola, porém sua mãe
se empenha muito em manter o padrão de vida que seu último emprego lhe
proporcionava e isso gera um sentimento no Marcelo de não acompanhar os colegas
da escola. O que diminui seu círculo de amizade e ele insiste em alegar que não
pode sair com uma determinada garota por não ter dinheiro de bancar um cinema
com ela.
Em quanto isso a grande empresa de
tecnologia Assertiva esta dando um prêmio no valor de 125 mil reais para quem
conseguir furar seu sistema. Outra área da empresa está recrutando voluntários
para testa um novo programa, chamado Mentor. Esse programa é de interação
total, nele o Interator tem a sensação física do que se passa no jogo. É um elo
entre fantasia e realidade. Mas, para ser voluntário tem que pagar a pechincha
de 125 mil reais.
Ao descobrir do game e do concurso
Marcelo se anima em participar, mas ele tem a grande questão de ajudar a mãe
com o dinheiro ou comprar seu passaporte para experimentar o último lançamento
em tecnologia, que em fase de testes poucos tem acessos. Fora que tem a época
de provas na escola.
Ufa! Muita coisa acontece nesse livro
e estou me policiando para não dar nenhum spoiler. Esse livro é bem jovem e tem
uma linguagem fácil e é bem explicativo nas partes técnicas de tecnologia. Ele
me lembrou de muitos livros que eu lia logo quando começava a me apaixonar pela
leitura e isso me deu um belo gás. Li de cara 75 páginas e se não fosse o
cansaço teria lido muito mais. A narrativa muito bem feita em terceira pessoa
me agradou e por mostrar vários pontos de vista e tornou a leitura dinâmica.
Temos a vida de Marcelo, o programa Mentor administrado pelos engenheiros da
Assertiva e a vida de Fábio, que não direi quem é para que descubra lendo o
livro.
Essa história tem muitas reviravoltas
que te fazem pensar whatfuck? Como não pensei nisso antes ou não acredito que
isso está acontecendo. E isso te motiva a ler cada vez mais, a ponto de só soltar
o livro quando chegar à última página.
Quem assistiu Black Mirror vai se
sentir em episódio da terceira temporada, um dos poucos episódios da série que
assisti, e bate muitas coisas. O livro começou a ser trabalhado em 2013 e
publicado em 01/04/2016. A série o segundo episodio da terceira temporada,
“Versão de Teste”, foi exibido pela primeira vez em 21 de outubro de 2016. Não
é muito louco um livro ambientado em 2012 prever coisas que no ano de
lançamento real do livro ser próximas da realidade? E mais, ter um episódio de
uma série muito bem comentada muito parecido com tudo o que o autor pensou há
anos atrás. Não é muito louco isso?
Os personagens são muito bem
construídos do começo ao fim da historia e suas personalidades muito bem
trabalhadas, pois o Mentor mexe com todas as fantasias do interator e o autor
soube ser consistente na história.
A diagramação está muito boa o que
ajuda muito na hora de devorar o livro. Com tudo tenho que dizer que como uso
óculos se a letra fosse um tiquinho maior ajudaria muito. Mas isso no meu caso
que tenho quase sete graus de miopia. O papel pólen é o melhor para livros
grandes como é o caso e deixa a leitura mais confortável.
Depois dessa resenha gigante sobre o
quão eu amei esse livro indico para todo mundo, jovem, nem tão jovem, nem tão
velho, em fim, todo mundo. Dica: se você ainda não assistiu a série e está com
ela na sua lista do que assistir leia primeiro o livro e depois veja esse
episodio que comentei. E para quem já assistiu também, leia e depois reveja com outros olhos, e confesso que é o que vou fazer nos
próximos minutos.
Beijos,
Carol Cadiz.
Oi eu sou a Carol Cadiz, tenho 22 anos e estudo jornalismo. Letras e textos me encantam. Sou leitora compulsiva e com muitas histórias começadas sem o seu gran finale.
Fugindo da parte literária, sou uma pessoa extremamente musical. Tudo o que vou fazer tem que ter uma trilha sonora. Gosto de todo tipo de música ainda mais se for uma banda que poucas pessoas conhecem. O desconhecido me encanta, o fato de poder apresentar para alguém algo novo é divino.
11 comments