“Os Opostos Sempre se Atraem” : Comédia recheada de ação

Por Paloma Viricio

Estava ansiosa para o lançamento de Os Opostos Sempre se Atraem na Netflix. Gosto sempre de me aventurar por comédias, a vida quase sempre remete ao tédio, então vamos rir. E outro motivo foi saber que uma das estrelas principais é nosso querido Osmar Sy, o bonitão que é a figura central da série Lupin.

Na verdade, Lupin, foi a série que me fez se apaixonar pela atuação de Osmar, com isso vejo quase todos os filmes que encontro por ai onde ele está. Já tocando no assunto, quem quiser assistir Samba (também disponível na Netflix) é uma opção interessante e ainda trarei resenha dele aqui para vocês.

Ação policial e comédia

Os Opostos Sempre se Atraem é um filme interessante principalmente porque te prende. São 02 horas de trama que te fazem trafegar pelo nervosismo da ação, ora suspense e até mesmo uma pitada de drama.

Com o título The Takedown na sua versão original, a película foi dirigida pelo francês Louis Leterrier com roteiro de Stéphane Kazandjian. Por incrível que pareça é uma sequência do filme On the Other Side of the Tracks (2012), bem antiguinho.

Desvendando assassinatos

Apesar de ser uma comédia policial, o filme não irá navegar em um mar de assassinatos. Ele começa nesse estilo, cheio de suspense e muita correria, mas é somente o gancho para uma teia de questões bem amplas.

O roteiro é divertido, gargalhei diversas vezes. Mas também mexe com assuntos sérios.

Fascismo estampado sem pudor

Então, o ponto central do filme é desvendar uma teia de pessoas fascistas que provavelmente possuem relação com os assassinatos iniciais. Mas a coisa vai além do que os dois policiais podem imaginar.

É interessante, como Ousmane precisa sobreviver com todo o preconceito que é despejado nele há todo momento, por causa da sua raça e cor.

Além disso, cai nas costas do amigo François o outro lado atacado pelos fascistas. Por isso, o roteiro incomoda. Achei o papel da Alice meio apagado, não teve destaque para a figura feminina no filme. Poderia ter sido uma personagem melhor aproveitada.

Não é fácil ver como ainda existem pessoas que julgam, caçam outros seres humanos só por causa da sua diferença racial, orientação sexual ou por simplesmente ser imigrante.

Os Opostos Sempre se Atraem é bom?

Há momentos sem graça, mas acho que até mesmo isso faz parte dos filmes de comédia. Gostei muito como as personagens principais restauram uma amizade falida e conseguem juntos investigar questões que estavam afetando a vida de outras pessoas de forma violenta e até mesmo mortal.

O Filme é engraçado, tem bom roteiro e uma reviravolta legal no final. Não é o melhor filme do mundo, de longe melhor que a série Lupin, mas cumpre seu papel nas 02 horas que se propõe encher a telinha. Eu gostei, indico!

A Crítica Os opostos sempre se atraem de Paloma Viricio foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil.